"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18968

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Suzane Monteiro Oliveira
Orientador ANDREIA PATRICIA GOMES
Outros membros Claudia Fernanda Aguiar Freitas
Título A resistência a antimicrobianos no paradigma da meningoencefalite: uma sentença de morte iminente
Resumo Por meningoencefalites entende-se infecções das leptomeninges (pia-máter e aracnóide) e do espaço subaracnóideo. Esta enfermidade tem como uma de suas causas a etiologia bacteriana. No caso das meningoencefalites agudas, causadas no Brasil frequentemente por Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae, com o decorrer dos anos, foi sendo observada uma redução da sensibilidade aos antimicrobianos existentes, o que traz grande preocupação em termos da clínica e, também da saúde pública. A resistência a antimicrobianos (RAM) é um grave problema que vem emergindo em todo o mundo; isso é reafirmado pelo estudo realizado pelo economista britânico Jim O’Neill, que aponta que, caso o cenário atual de progressão da resistência não sofra alterações, até 2050 a RAM poderá atingir a marca de 10 milhões de mortes por ano. Além disso, a Organização Mundial da Saúde demonstra intensa preocupação e citou a RAM na lista das dez ameaças à saúde global em 2019. Por conseguinte, entende-se que quando tratamos desse tema, estamos falando de um aumento alarmante da letalidade, mortalidade, do período de internação e da necessidade de atendimentos da UTI, o que demanda atenção redobrada em sistemas de saúde universais e gratuitos como o nosso. Para confecção deste trabalho foi realizada pesquisa no site google acadêmico com os descritores “meningoencefalite resistente” e "resistência antimicrobiana", entre os anos de 2002 e 20023 na língua portuguesa e inglesa além de bibliografias médicas. Observou-se que atualmente, aproximadamente 30% dos isolados de Haemophilus influenzae do sorotipo B produzem betalactamase; que entre as amostras de Streptococcus pneumoniae isoladas do líquor, mais de trinta por cento não são suscetíveis à penicilina. No cinturão da meningite (África subsaariana, da Etiópia até a Gâmbia) foi realizada uma pesquisa pela “Dilla University Referral Hospital” com amostras de S.pneumoniae, Neisseria meningitidis, H. influenzae, Escherichia coli e Staphylococcus aureus que demonstrou que 42,1% das bactérias eram multirresistentes. Entre os antibióticos, a ampicilina tinha resistência média de 39,5% (28,6 - 50,0), o cloranfenicol apresentou resistência média de 38,35% (16,7-60,0), a resistência média a tetraciclina foi de 38,1% (33,3 -42,9), na ceftriaxona observou uma resistência média de 17,65% (15,3-20) e no trimetroprim de 28,6%. A existência de bactérias com esse caráter de resistência em um mundo globalizado é alarmante, pois ela pode se disseminar com facilidade e por meio de processos de transdução, conjugação e transposição gerar resistência em outras cepas bacterianas. As medidas de controle de multirresistentes são essenciais à prática médica. Adiar o início das ações contra a disseminação de resistência bacteriana pode levar a situações incontornáveis, em que o tratamento seja impossível, com o retorno da Medicina aos tempos da era pré-antibióticos.
Palavras-chave Meningoencefalites, Resistência antimicrobiana, Antimicrobianos
Forma de apresentação..... Vídeo
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