Resumo |
A busca de arranjos de plantios de mudas em área total na restauração florestal visa dois aspectos importantes, a redução dos custos dos projetos e a redução do tempo para atingir o objetivo final que é a formação de uma floresta restaurada, com proteção do solo e resgate da biodiversidade. Dentro desse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi comparar diferentes espaçamentos de plantio de mudas em uma área de restauração florestal compensatória à mineração de bauxita no município de Itamarati de Minas, na Zona da Mata Mineira. A área de compensação pertence a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). O clima da região é classificado como Cwa, temperado úmido com verão quente e inverno seco e a classificação do solo é Latos solo Vermelho-Amarelo distrófico. As espécies implantadas foram: Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan; Clitoria fairchildiana R.A.Howard; Senna spectabilis (DC.) H.S.Irwin & Barneby; Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.; Schizolobium parahyba (Vell.) Blake; Schinus terebinthifolia Raddi; Trema micrantha (L.) Blume; Cecropia hololeuca Miq.; Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos; Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos; Jacaranda micranta Charm.; Triplaris americana L.; Croton urucurana Baill.; totalizando 13 espécies. O delineamento utilizado foi em Blocos Casualisados (DBC) e as mudas foram distribuídas em 3 espaçamentos: 2 m x 2 m, 3 m x 2 m e 3 m x 3 m, ao todo foram 12 parcelas de 15 x 15 m, distribuídas em 4 blocos (4 repetições) e um total de 532 indivíduos plantados. Foram realizadas medições trimestrais, sendo a última aos 24 meses do plantio das mudas altas, coletando a altura total dos indivíduos e o diâmetro ao nível do solo (DNS). Com os dados, foi calculado a taxa de crescimento em altura e em diâmetro, utilizando o Software Excel. Por fim, esses dados foram submetidos a Análise de Variância e ao Teste F, a 5% de nível de significância. As médias gerais do crescimento em altura das 13 espécies analisadas nos espaçamentos, 2 m x 2 m, 3 m x 2 m e 3 m x 3 m foram respectivamente, 24,75 cm; 21,57 cm; 23,13 cm, e as médias gerais do crescimento em diâmetro ao nível do solo foram, respectivamente, 8,23 mm; 6,63 mm; 8,20 mm. Aplicando o Teste F para determinar a variabilidade entre as médias das alturas e as médias do DNS, foi encontrado um valor F calculado sendo de 0,276 e um valor tabelado de F de 4,256, referente a variabilidade das médias das alturas, já para a variabilidade das médias do DNS, foi de 0,657 que se refere ao F calculado e 4,256 referente ao F tabelado. Portanto, como em ambos os casos o valor de F tabelado é maior do que o valor de F calculado, concluiu-se que até o momento, o espaçamento de plantio não interferiu no crescimento médio em altura e em diâmetro ao nível do solo (DNS) das mudas, nos estágios iniciais de avaliação. O experimento indica o sucesso da restauração florestal em área de compensação à mineração de bauxita, independente do espaçamento de plantio das mudas. |