"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18899

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação física
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Pedro Henrique Teixeira da Rocha
Orientador DOIARA SILVA DOS SANTOS
Título O PIBID e a recepção de alunos do ensino fundamental ao componente curricular Educação Física.
Resumo O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) tem como objetivo aproximar estudantes de licenciatura da realidade de escolas públicas, reconhecendo as características dos alunos e a estrutura das escolas, bem como os desafios sobre a prática pedagógica. O presente trabalho é um relato de experiência sobre a recepção de estudantes do ensino fundamental quanto às aulas de um bolsista do Pibid, da área de Educação Física (EF), ministradas em uma escola pública estadual para turmas do 6º e 8º ano. As aulas ocorreram entre março e julho de 2023, acompanhadas por uma professora supervisora. O objetivo deste texto é socializar as percepções de um bolsista do Pibid sobre a recepção de estudantes do 6º e 8º ano quanto às aulas de EF. Utilizou-se dos registros das aulas ministradas e relatório individual para produzir uma síntese comparativa. A proposta do Pibid é contemplar os conteúdos da EF para além do fazer, com dimensões histórico-conceituais e valorativas. No 6º ano, as crianças se mostram ansiosas para o caráter prático da aula e, com isso, apresentam dificuldades em prestar atenção aos momentos de contextualização (histórico-conceituais) dos conteúdos da EF, demonstrando dispersão e desinteresse. Constatou-se, em rodas de conversa após as aulas, que poucos estudantes demonstram aprendizagem quanto aos saberes para além do fazer. No momento de experiências práticas, nota-se que os alunos do 6º ano pegavam os materiais sem permissão e começavam a brincar de forma aleatória. Com isso, dispendia-se de muito tempo para executar a aula com o devido trato pedagógico. Isto revela muito sobre uma cultura de EF que não valoriza o seu conjunto de saberes sistematizados e seus avanços metodológicos. No momento da aula, muitos alunos conversavam paralelamente e outros evadiam. A comum cultura do “rola bola” e as situações de gênero apareceram neste nível de ensino, sobretudo a partir da exclusão das meninas e dos meninos menos habilidosos nas atividades competitivas, havendo a necessidade de intervenção do bolsista e da supervisora. No 8º ano estas características aparecem de forma enfática. Em todas as aulas havia alunos que insistiam em pedir “aula livre”, que seria um tempo para que eles ficassem à vontade, como um recreio. Aumentou, no 8º ano, a quantidade de meninas que não participam da aula. Apelidos pejorativos e xingamentos são mais presentes, exigindo muitas intervenções junto a esses alunos, o que comprometia a sequência da aula e o trato pedagógico do conteúdo. Porém, a atenção do 8º ano à contextualização do conteúdo da EF é maior do que no 6º ano, o que tornou possível abordar temas críticos-reflexivos como gênero e esportes, visto que os alunos demonstram maior capacidade reflexiva e participativa. Apesar do 6º e 8º ano se enquadrarem no mesmo nível de ensino, foi possível observar estas diferenças na recepção às aulas de EF entre os alunos numa proposta de trato dos conteúdos da EF para além do fazer.
Palavras-chave Educação Física escolar, PIBID, intencionalidade pedagógica.
Forma de apresentação..... Vídeo
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