"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18896

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Morfologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Claudia Fernanda Aguiar Freitas
Orientador SERGIO LUIS PINTO DA MATTA
Outros membros Amanda Alves Lozi, Aurélio Campanharo Mateus, Diane Costa Araujo, Francielle de Fátima Viana Santana
Título Ações das bebidas lácteas de soja (transgênicas e não transgênicas) e do leite de vaca nos túbulos seminíferos de camundongos adultos
Resumo As bebidas lácteas de soja usualmente ingeridas pela população possuem altas concentrações de isoflavonas, compostos conhecidos por sua capacidade de se ligar a receptores hormonais. No sistema reprodutor masculino foi relatado uma relação entre as isoflavonas e a redução na produção de testosterona, hormônio essencial para o processo espermatogênico. O parênquima testicular, a região funcional do testículo, é organizado em dois compartimentos: tubular e intertubular. O compartimento tubular é constituído pelos túbulos seminíferos compostos, por sua vez, de túnica própria, epitélio seminífero (ou germinativo) e lume tubular. No epitélio germinativo estão as células espermatogênicas e células de Sertoli, ou seja, o compartimento tubular é onde ocorre a espermatogênese, um processo altamente organizado comandado pelas células de Sertoli. A fertilidade masculina requer a produção, pelo testículo, de grande número de espermatozoides normais e, para isso, o parênquima testicular necessita estar sem alterações morfofisiológicas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as ações das bebidas lácteas de soja (transgênicas e não transgênicas) e do leite de vaca nos túbulos seminíferos de camundongos adultos. Foram utilizados 24 camundongos Balb/c divididos, aleatoriamente, em quatro grupos experimentais (n=6 animais/grupo). O grupo 1 (controle) recebeu água destilada, o grupo 2 recebeu bebida láctea de soja com grãos não transgênicos, o grupo 3 recebeu bebida láctea de soja com grãos transgênicos e o grupo 4 recebeu leite de vaca, durante 42 dias, todos na dose de 0,7 mL, por gavagem. Os animais foram pesados e eutanasiados e em seguida os testículos foram retirados e processados para análise de histomorfometria. Os parâmetros foram submetidos à avaliação de normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk e, em seguida, foi feita análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Student Newman Keuls (SNK) e considerados significativos quando p≤0,05. Os resultados obtidos demonstram que o diâmetro de túbulo seminífero, comprimento total dos túbulos seminíferos por testículo e por grama de testículo, área do túbulo seminífero e a relação túbulo/epitélio não sofreram alterações significativas após exposição aos tratamentos quando comparadas ao controle. A altura e a área de epitélio diminuíram significativamente apenas no grupo tratado com leite de vaca. Além disso, também foi observado aumento significativo no diâmetro e na área de lume apenas no grupo tratado com leite de vaca. Logo, concluímos que o leite de vaca pode interferir na esteroidogênese pelas alterações morfológicas provocadas nos túbulos seminíferos dos camundongos. No entanto, mais estudos devem ser realizados para verificar os efeitos do leite de soja transgênicos e não transgênicos na fertilidade masculina.
Palavras-chave Soja, Leite de vaca, Fertilidade masculina
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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