"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18874

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Economia
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, Outros
Primeiro autor Isabela Fredes de Freitas
Orientador BIANCA APARECIDA LIMA COSTA
Outros membros Camila Olídia Teixeira Oliveira, Eunice Bueno Barbosa de Paula, Nayara Cristina Pereira, Sashia Santos
Título Circuitos Curtos de Comercialização e Troca de Saberes: práticas de economia solidária e agroecologia
Resumo A Feira do Bem viver é um espaço de comercialização que ocorre junto à Troca de Saberes, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Compreende-se que a Troca de Saberes é um evento de extensão universitária, realizado durante a Semana do Fazendeiro, nos ambientes da UFV, na cidade de Viçosa, região da Zona da Mata mineira. A Feira do Bem Viver é um espaço de comercialização criado a partir dos princípios da economia solidária e da agroecologia. Fazem parte de sua organização a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Viçosa (ITCP-UFV), o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), e o Núcleo de Educação no Campo e Agroecologia - ECOA. Os(as) participantes são em sua maioria empreendimentos de economia solidária (EES), agricultores(as) familiares, associações e cooperativas. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento de informações acerca dos(das) feirantes expositores(as), no ano de 2022, a partir de questões relacionadas a gênero, raça, idade, EES e município do qual fazem parte. As entrevistas foram elaboradas e realizadas por estudantes, bolsistas e voluntários da ITCP-UFV, sendo aplicadas durante a realização da Feira do Bem viver, com os(as) feirantes do evento. Todas(os) as(os) entrevistadas assinaram o TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com os critérios para a realização de pesquisas com seres humanos. Através das entrevistas, também objetivou-se analisar quais os sentidos que os(as) participantes atribuem à Feira. Os principais resultados da pesquisa são: 63% das feirantes são mulheres, 40,7% são pretas e 52% têm entre 45 e 65 anos. Ao todo foram identificados 19 EES, de 12 municípios. Dentre os sentidos atribuídos, dividimos em categorias relacionadas ao aprendizado; agroecologia e geração de trabalho e renda; e movimentos sociais. Na dimensão do aprendizado, a maioria dos entrevistados que atribuiu a feira a esta esfera, salientam que ela promove um espaço de conhecimento popular, e de troca de experiências e saberes. Na dimensão da agroecologia, as respostas chamam a atenção pela repetição das palavras diversidade, saberes, experiências e conhecimento. A feira revela que os atores que participam desses espaços promovem processos de produção coletiva do conhecimento. Essas diferentes vozes e experiências podem contribuir para a construção de soluções contextualizadas e adaptadas às realidades locais. Na dimensão de movimentos sociais, os(as) expositores(as) reafirmaram o caráter anti-sistêmico que o espaço da Feira do Bem-viver proporciona. As bandeiras são levantadas na construção de um conjunto que organize e fortaleça a base do movimento de economia popular solidária sendo a reunião de sujeitos políticos diversos. Conclui-se que além de um espaço de socialização e troca de saberes, a feira gera trabalho e renda, especialmente para mulheres, impulsionando a economia local, as práticas de redução das desigualdades e a uma sociedade mais justa.
Palavras-chave feira, outras economias, geração de trabalho e renda.
Forma de apresentação..... Painel
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