"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18871

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Deborah Moreira Lordelo
Orientador JOANA D ARC GERMANO HOLLERBACH
Outros membros Thiago Soares Vitor
Título Matrículas no ensino médio de 1960 a 2020: uma análise da educação escolar
Resumo O Ensino Médio (EM) tem suas origens no Ensino Secundário, instituído pelos jesuítas, no período colonial. Atualmente tem duração de três anos, sendo a última etapa da educação básica. É marcado por desigualdades educacionais com base na divisão social do trabalho e na organização da sociedade brasileira. A pesquisa objetiva, portanto, concatenar e analisar dados do EM, trazendo o número de estudantes matriculados por região, raça ou cor e sexo, nos anos de 1960, 1970, 1980, 1990, 2000, 2010 e 2020. Para tanto, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e documental (GIL, 2002) na qual foram coletados dados de matrícula nos sites do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e do Instituto Nacional de Geografia e Estatística. Sobre o número de estudantes matriculados no EM por regiões, os resultados apontam números mais altos no sudeste em comparação às demais regiões, resultado da concentração populacional e de recursos, no eixo sul-sudeste. Em 1970 os números caíram comparados com 1960, com exceção do Centro-Oeste, devido a incentivos governamentais posteriores à criação de Brasília e à expansão da fronteira agrícola. Nota-se ainda aumento significativo nas matrículas a partir de 2000, efeito do surgimento de políticas educacionais. Em 2020 (período do governo Bolsonaro e da pandemia da COVID-19) houve novamente queda nas matrículas, exceto no Norte. Sobre o número de pessoas matriculadas no EM distribuídas por sexo, os resultados demonstram que apenas no ano de 1960 o número de homens matriculados era superior ao de mulheres: contexto de privilégio masculino no acesso à educação. A partir de 1970, movimentos feministas ganharam força, bem como maior acesso das mulheres ao mercado de trabalho e à escolarização. Para os anos de 1980 e 1990 não foram encontrados dados quanto ao gênero. Em 2020 as matrículas femininas se aproximaram às masculinas comparativamente a 2000 e 2010. Sobre o número de matrículas distribuídas por raça ou cor, os dados encontrados compreendem apenas os anos de 2000, 2010 e 2020. Apesar da predominância de pretos e pardos no país, em 2000 a maioria matriculada era branca. Em 2010, o número de matriculados diminuiu nas categorias “Brancos, Pretos e Pardos”, enquanto que na “Não declarada” foi significativamente numerosa e comparativamente maior que os demais anos. Em 2010 e 2020 o número de pretos e pardos ultrapassa o de brancos (reflexos de políticas adotadas para diversificação dos estudantes a partir de 2010). Em 2020 houve aumento em comparação com 2010 nas matrículas de brancos, pretos e pardos, com destaque para os indígenas que atingiram o maior número dos anos analisados. Percebe-se também um declínio na categoria “Amarela”, em comparação com 2010. Conclui-se que ainda reinam muitas desigualdades no segmento estudado e que são necessárias políticas sociais e melhorias materiais e de capacidade física para a garantia do acesso e permanência de todos nessa etapa.
Palavras-chave Matrículas, Ensino Médio, Análise de dados
Forma de apresentação..... Vídeo
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