"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18845

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Letícia da Silva Reis Rezende
Orientador RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS
Outros membros Ana Carolina de Souza Rodrigues, Daiane Cristo de Souza, Julia Silva e Oliveira, Larissa Farias Monte
Título Consumo de produtos de glicação avançada (dAGE), qualidade do sono e fatores associados em mulheres com excesso de gordura corporal
Resumo Introdução: Estudos epidemiológicos demonstraram que a má qualidade do sono está associada a comorbidades como obesidade e pode se associar à inflamação e ao consumo de Produtos Finais de Glicação Avançada (AGEs). Os AGEs são substâncias geradas pela reação de açúcares redutores com grupos amino de proteínas, lipídios e receptores nucleicos. Em uma meta-análise, pacientes com distúrbios de sono, como a apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono, apresentaram maiores concentrações séricas de AGEs do que indivíduos saudáveis. Entretanto, ainda é desconhecida a relação entre o consumo de AGEs e a qualidade do sono em indivíduos com excesso de gordura corporal. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do consumo de AGEs na qualidade do sono, em variáveis antropométricas e bioquímicas em mulheres com excesso de gordura corporal, bem como correlacionar essas variáveis. Metodologia: Trata-se de uma análise transversal de um ensaio clínico randomizado, realizado com dados do baseline de 40 mulheres, com 20 a 40 anos de idade, índice de massa corporal (IMC) entre 26 a 34,9 kg/m² e excesso de gordura corporal (> 30%). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) da Universidade Federal de Viçosa (número do protocolo: 892.467/2014). Foram analisados dados bioquímicos, medidas antropométricas, dados referentes ao tempo de tela (horas e minutos) e idade. A ingestão de AGEs (dAGEs) foi estimada utilizando o Questionário de frequência alimentar validado para a população brasileira. O Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) foi usado para avaliar a qualidade do sono (0-1: boa, 5-10: ruim, > 11: distúrbio). O consumo de AGEs foi dividido em: (1) menor ou (2) maior ou igual à mediana dos dAGE. Foram realizados testes qui-quadrado, correlações e teste t Student. Resultados: A maioria das participantes (57,5%) apresentou qualidade do sono ruim (valores médios de PSQI: 6 ± 3 pontos). Apenas 5% apresentou algum distúrbio do sono. O consumo mediano de dAGE foi de 16.777 kU/dia (IQ:11.165-21.730 kU/dia). Não houve associação significante entre a qualidade do sono e dAGE. Além disso, participantes que consumiram alto teor de dAGE (>16.777kU/dia) apresentaram perfil similar de idade, IMC, perímetro abdominal, glicemia, HOMA-IR, colesterol total e frações, triglicerídeos e tempo de tela, quando comparadas às que consumiram menor teor de dAGE (<16.777 kU/dia). Conclusão: Apesar do alto consumo de dAGE, não foi observada relação significante entre essa variável e a qualidade do sono, variáveis bioquímicas e antropométricas. Futuros estudos longitudinais com maior tamanho amostral são necessários para testar a possível associação entre o consumo de AGEs e a qualidade do sono.
Palavras-chave produtos finais de glicação avançada, sono, dieta
Forma de apresentação..... Vídeo
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