Resumo |
Um dos processos utilizados na coletar peixes é a eutanásia, que pode ser mais invasiva, como incisão medular ou menos invasiva, pelo uso de anestésicos, como eugenol. Após a eutanásia, os exemplares são fixados em formol 10% por pelo menos 48 horas, garantindo a conservação do espécime para museus e coleções. Assim, este trabalho verificou a quantidade e a viabilidade de DNA microbiano extraído de culturas bacterianas (Eschechia coli e Staphylococcus aureus), de brânquias e de intestino de peixes (Oligosarcus acutirostris) fixados em formol. As culturas bacterianas e tecido de peixe foram incubados em formol 10% por 48 horas e então submetidos à extração de DNA, seguido de quantificação por NanoDrop. As amostras de DNA foram submetidas à reação de PCR para o gene rRNA 16S para o domínio Bacteria. Os resultados mostraram que após exposição ao formol 10% (v/v) por 48 horas, o DNA extraído das culturas de E. coli e S. aureus obtiveram rendimento de 6,0% e 16,52%, respectivamente e comparadas ao controle, ambas foram viáveis para amplificação por PCR do gene rRNA 16S. As análises microscópicas das células destas culturas, após exposição ao formol, não apresentaram alteração na forma e nem no arranjo. Já o DNA extraído dos tecidos de brânquias e intestino dos peixes apresentaram sinais de degradação em gel de agarose 1% (m/v) e baixa qualidade verificada pelas absorbâncias lidas em NanoDrop, entretanto, as amostras foram positivas para amplificação do gene rRNA 16S para o Domínio Bacteria. Portanto, este trabalho mostrou que foi possível extrair DNA microbiano de amostras de culturas bacterianas e tecidos fixadas em formol 10% (v/v), por 48 horas, e que após algumas modificações no protocolo de extração de DNA, foi possível amplificar para o gene RNAr 16S do Domínio Bacteria. Pesquisas futuras de sequenciamento massivo de DNA devem ser realizadas para verificar a diversidade de espécies microbianas acessadas pelo DNA extraído dos tecidos de intestino e brânquias de peixe. |