"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18766

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Nathan de Oliveira Neumann
Orientador GABRIELLE FERREIRA PIRES
Outros membros Livia Maria Brumatti de Souza
Título Avaliação de métodos de correção de viés de modelos do CMIP6 para análises climáticas no Brasil
Resumo Um dos fenômenos ambientais mais discutidos nos últimos anos são as mudanças climáticas, cujos impactos afetam a população e os setores econômicos. Além disso, vários estudos indicam a tendência de agravamento desse fenômeno nas próximas décadas, o que coloca a economia em risco. Dito isso, destaca-se a importância de estudar essas alterações, para a criação de estratégias de adaptação aos novos cenários climáticos. Uma das formas de analisar essas mudanças em cenários futuros é através do uso de projeções de modelos climáticos. Entretanto, essas projeções podem apresentar vieses que afetam a análise de risco na hidrologia e agricultura. Assim, este estudo almejou avaliar diversas formas de correção de viés para modelos climáticos do CMIP6 (Coupled Model Intercomparison Project Phase 6), considerando a variável de precipitação para o território brasileiro. Foi avaliada a performance de dois tipos de correção de viés comumente aplicados, sendo eles: o linear scaling (LS), que representa um único método; e o quantile mapping (QM), com os métodos não paramétricos QUANT, PTF, SSPLIN e RQUANT. A performance foi avaliada a partir do índice Kling-Gupta Efficiency (KGE), comparando os dados brutos dos modelos e suas correções com dados observados. Em geral, os métodos do QM apresentaram melhores resultados que o método do LS. Para o LS, a região Norte foi a que pior performou, ocasionando em resultados piores que os próprios dados brutos em alguns modelos. Para esse mesmo método, a região de melhor performance foi majoritariamente o Centro-Oeste, embora ainda com resultados piores que os demais métodos do QM. O PTF também teve o Norte como região de menor desempenho e o Centro-Oeste como maior na maioria dos modelos. O QUANT e RQUANT apresentam as melhores performances, com resultados similares para todas as regiões nos modelos. O SSPLIN também obteve resultados uniformes ao longo de todo o Brasil, porém apresentou pontualmente alguns valores baixos de KGE, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. O método QUANT foi avaliado como o melhor método de correção de viés para a variável de precipitação no Brasil, considerando esses modelos do CMIP6. Apesar das similaridades dos resultados com o RQUANT, o QUANT foi escolhido devido à maior velocidade de cálculo. Os cinco modelos que melhor performaram no método QUANT para o Brasil foram: CMCC-ESM2, CanESM5, EC-Earth3-Veg, MRI-ESM2-0, e MIROC6. Por fim, o uso dos modelos pode ser otimizado com a utilização das correções de viés, e os resultados dessa pesquisa podem ser utilizados em estudos futuros, facilitando a escolha das melhores técnicas para melhorar os dados dos modelos climáticos.
Palavras-chave CMIP6, correção de viés, modelos climáticos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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