"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18758

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Julia Liliane Vieira
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Breno Freire de Pinho, CLAUDIA BATISTA SAMPAIO, Igor Bertolaci Tavares de Melo, Johnnatan Castro Cabral Gonçalves, José Augusto Moura Godinho, Jose de Oliveira Pinto, Vanessa Maria de Souza Barros
Título Úraco cístico em bezerro da raça nelore
Resumo O úraco é uma estrutura tubular que liga a bexiga ao alantoide durante a fase de desenvolvimento fetal do bezerro. Possui um trajeto intra-abdominal que em seguida se exterioriza através do anel umbilical, tornando-se extra-abdominal e fazendo parte das estruturas normais do umbigo. Após o nascimento e ruptura do cordão umbilical, o úraco se fecha e vai regredindo, seguindo em sua porção intra-abdominal até a bexiga, restando apenas um resquício. Bezerros podem desenvolver anormalidades neste fechamento, podendo originar diversos agravos como cistite, septicemia ou formação cística. O objetivo do trabalho é relatar um caso de úraco cístico em um bezerro nelore, nascido na UEPE- GC da UFV. O bezerro nasceu normalmente, mamou o colostro e recebeu os cuidados de cura do umbigo. Porém, alguns dias depois notou-se um aumento de volume alongado na região umbilical. Procedeu-se um puncionamento local onde drenou um líquido transparente. Entretanto, no dia seguinte observou-se que o local estava novamente repleto. Nos dias subsequentes foram feitas consecutivas drenagens até que aos 21 dias do nascimento foi solicitado um novo atendimento em aula prática de veterinária. Ao exame clínico observou-se um aumento de volume de formato tubular na região umbilical e suspeitou-se de anormalidade no úraco, com possível formação cística em sua porção extra-abdominal. Á palpação através da parede abdominal observou-se também que o úraco intra-abdominal estava anormalmente palpável, sugerindo algum atraso em sua regressão. Procedeu-se uma nova punção e o líquido foi colhido, assim como o sangue e a urina do animal, para análise bioquímica de semelhança de ureia e creatinina. Dado os insucessos anteriores, optou-se pela imediata cirurgia, onde confirmou-se que a estrutura onde o líquido se acumulava era realmente o úraco e que ele estava muito dilatado. Em seguida foi feita uma curetagem, aplicação de solução de iodo a 7% e redução do espaço onde acumulava o líquido, finalizando com a sutura da pele. Apesar da estrutura ser reconhecida como sendo o úraco, suspeitou-se que o líquido que se acumulava poderia ser apenas um transudato advindo da sua mucosa, entretanto as análises bioquímicas mostraram que o teor de ureia do líquido (28mg/dl) estava anormalmente maior do que do sangue (9mg/dl), embora muito abaixo da urina (209mg/dl), porém sugerindo no mínimo uma alta contaminação por urina no líquido drenado. Isso sugere a possibilidade de tratar-se de um úraco cístico em sua porção extra-abdominal, mas já sem ligação com a porção intra-abdominal, devido ao anel umbilical, sendo que as punções anteriores fizeram com que ficassem diluídas as concentrações de ureia. Nos dias subsequentes não mais ocorreu o acúmulo de líquido e em nenhum momento houve apatia ou sinais de doenças no bezerro. Todos os procedimentos foram realizados sob anestesia, uso de antibióticos e anti-inflamatórios, respeitando o conforto e o bem-estar animal.
Palavras-chave Bezerro, úraco, umbigo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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