"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18740

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos pesqueiros e engenharia de pesca
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Mateus Magalhães Olegário
Orientador ANA LUCIA SALARO
Outros membros Cristiana Leonor da Silva Carneiro, Felipe Rodrigues Saturnino, Roger Ivan Valderrama Londoño, SIRLENE SOUZA RODRIGUES SARTORI
Título Histomorfometria intestinal e hepática de juvenis de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com dietas suplementadas com óleo essencial de hortelã-pimenta (Mentha piperita)
Resumo Em sistemas de produção intensiva de peixes, o uso de aditivos alimentares para melhorar as funções digestivas e metabólicas dos animais tem se destacado. O óleo essencial de hortelã-pimenta (Mentha piperita; OEHP) possui ações digestivas, atuando no relaxamento do trato digestório, na motilidade intestinal e secreção de enzimas digestivas. Possui também ação antimicrobiana, modulando a microbiota intestinal, e antioxidante, prevenindo processos inflamatórios. O fígado e o intestino são órgãos que estão relacionados diretamente com eficiência na absorção de nutrientes e portanto, a melhora morfofisiológica destes impacta positivamente na taxa de crescimento do peixe. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a histomorfometria intestinal e hepática de juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentados com dietas suplementadas com OEHP. Para isso, foi realizado um ensaio de alimentação com juvenis de 0,58 ± 0,08 g por oito semanas, utilizando-se dietas suplementadas com 0,0; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8 e 1,0 g kg-1 de OEHP. Ao final do período experimental foram coletados fragmentos do intestino médio e fígado (n = 12) dos peixes, os quais foram submetidos a processo de desidratação e inclusão em resina para obtenção de cortes e lâminas histológicas. Estas foram coradas com Alcian Blue + PAS, fotografadas com o uso de fotomicroscópio e analisadas com software Image J®. As análises estatísticas foram realizadas com o software SAS® Studio (SAS Inst. Inc., Cary, EUA), considerando p < 0,05. No intestino foi avaliado a altura do epitélio (AE), a altura das vilosidades (AV), a largura das vilosidades (LV), a altura da lâmina própria (ALP), a altura da camada muscular total (ACM), altura das subcamadas muscular interna (AMI) e externa (AME), número de células caliciformes com mucinas ácidas (MA), mucinas mistas (MM), mucinas neutras (MN) e mucinas totais (MT). No fígado foram avaliadas a porcentagem de núcleos dos hepatócitos (NUC), capilares (CAP), glicogênio (GLI), gordura (GOR) e citosol dos hepatócitos (CIT). No intestino, de acordo com a análise de contrastes ortogonais, houve efeito quadrático do OEHP, sendo as variáveis AV (0,59 g kg-1), ACM (0,47 g kg-1), AMI (0,53 g kg-1) e AME (0,52 g kg-1) maximizadas com tais níveis de inclusão. Já para AE e LV houve efeito linear positivo dos niveis de OEHP. Para as mucinas, foi observado efeito linear positivo para MA e MT, mas não houve diferenças significativas em relação ao controle. No fígado, houve efeito linear positivo do OEHP sobre CIT e não foi observado nenhum efeito nas demais variáveis. Indícios de alterações significativamente prejudiciais à morfologia do órgão foram observados no tratamento com 0,8 g kg-1 de OEHP. Assim, os resultados histomorfométricos obtidos nos levam a concluir que o OEHP melhora a morfometria intestinal recomendando-se 0,6 g kg-1 de dieta e, que para preservar a funcionalidade hepática, não se recomenda concentrações que extrapolem 0,8 g kg-1 de dieta.
Palavras-chave aditivo alimentar, histologia, óleo essencial
Forma de apresentação..... Vídeo
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