"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18710

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Marina Tosatti Aleixo
Orientador KATIUSSE REZENDE ALVES
Outros membros Adriana de Cássia Sabino Silva, DEISE MOURA DE OLIVEIRA
Título Consumo alimentar de acordo com o grau de processamento dos alimentos e hipertensão arterial
Resumo Introdução: hipertensão arterial (HA) é um problema de saúde pública, sendo a patologia mais frequente dentre as doenças cardiovasculares. Sua prevalência é de 30% em escala global e de 26,3% em âmbito nacional. Uma das causas associadas à gênese da HA é o consumo alimentar rico em alimentos ultraprocessados. À mesma medida, um consumo alimentar saudável é promotor da saúde. Objetivo: avaliar a relação entre o consumo alimentar segundo o grau do processamento de alimentos e a prevalência de hipertensão arterial. Material e Métodos: estudo quantitativo transversal cuja coleta de dados foi realizada entre fevereiro e dezembro de 2022, com a aplicação de um questionário sobre estilo de vida, dados sociodemográficos e clínicos, morbidade referida individual e familiar, uso de medicamentos e consumo alimentar, aferido com o escore NOVA. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata/SE 13 for Windows a um nível de significância de 5%. As análises foram feitas utilizando-se frequência absoluta e relativa para variáveis categóricas, e teste qui-quadrado para verificar a diferença entre a ocorrência de exposição e desfecho. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Viçosa. Resultados: foram avaliados 419 participantes. Destes, 91.9% apresentava hipertensão arterial, sendo a maioria do sexo feminino (61%), maiores de 60 anos (63.9%), preta ou parda (70.9%), casada ou em união estável (56.1%), com menos de 11 anos de estudo (84.4%) e com renda per capta ≤ 1 salário mínimo. A maioria era não tabagista (54.8%) e não etilista (74.3%), sedentária (51.7%) e assistia até seis horas de televisão por dia (76.6%). Notou-se maior prevalência de HA, com significância estatística, entre pessoas com menos de 11 anos de estudo, casadas/união estável ou separadas/viúvas/outros, de 40 a 59 anos e em maiores de 60 anos, inativas fisicamente e com hipercolesterolemia e excesso de peso. Em relação ao consumo alimentar de pessoas com HA, as hortaliças mais consumidas foram tomate (40.5%), alface (31.7%), couve (31.6%) e cenoura (17.9%). As frutas que tiveram maior frequência de consumo foram banana (57.7%), laranja/tangerina (49.1%) e maçã/pera (23.6%). O consumo de feijão/leguminosas entre pessoas hipertensas foi elevado (90.1%), e, entre os alimentos ultraprocessados, os mais frequentemente consumidos foram margarina (32.2%), pão de forma (29.9%), biscoito doce (16.9%) salgadinho de pacote (16.4%) e refrigerante (12.2%). Para além, pessoas com hipertensão arterial tenderam a consumir menos de cinco tipos de alimentos ultraprocessados no dia anterior à entrevista. Ao contrário, pessoas sem hipertensão tenderam a consumir cinco ou mais alimentos ultraprocessados(4.2% vs14.7%; p = 0.007). Conclusão: o consumo de alimentos ultraprocessados foi maior em pessoas sem hipertensão e menor entre aquelas diagnosticadas com a doença.
Palavras-chave Hipertensão, Doenças Crônicas Não Transmissíveis, consumo alimentar
Forma de apresentação..... Vídeo
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