"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18707

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Juliano Alfenas Silva Valente Paes
Orientador GUILHERME SINICIATO TERRA GARBINO
Outros membros Adriana Ruckert da Rosa, Juliane Saldanha, Thiago Semedo
Título Primeiros dados genéticos de Platyrrhinus incarum (Chiroptera, Phyllostomidae) para o Brasil e confirmação da não ocorrência de Platyrrhinus helleri no país
Resumo Morcegos compõem a segunda ordem mais diversa de mamíferos do mundo. Tal diversidade tem aumentado ao longo dos últimos anos a partir de revisões taxonômicas de espécies que na verdade representam um complexo de espécies, como no caso do morcego frugívoro Platyrrhinus helleri. Essa espécie era considerada amplamente distribuída pela América Central e América do Sul, entretanto, após estudos recentes, sua distribuição restringiu-se ao oeste dos Andes, sendo a população ao leste do Andes referidas a outras três espécies: P. angustirostris, P. fusciventris e P. incarum. Apesar disso, alguns trabalhos ainda utilizam o nome P. helleri para espécimes coletados na Amazônia e no Cerrado. Neste trabalho, fornecemos novas localidades e sequências de DNA para populações brasileiras previamente identificadas como P. helleri e, por meio de análises filogenéticas e morfológicas, confirmamos que tais populações correspondem a P. incarum. Os espécimes foram coletados no Pantanal, Cerrado e além de um indivíduo atropelado na Mata Atlântica. Para a revisão da distribuição, foi utilizado o termo “Platyrrhinus incarum” no Google Scholar. Ademais foram mensurados 13 medidas crânio-mandibulares e o antebraço com um paquímetro digital de precisão 0,01 mm. Para a confirmação da identificação, foram utilizados caracteres-chave para a separação das espécies baseados em estudos anteriores. Foram obtidas sequências do gene mitocondrial citocromo b de três espécimes e comparados com sequências previamente publicadas por meio de análises de inferência Bayesiana e máxima verossimilhança. A análise filogenética mostrou que os indivíduos sequenciados situam-se dentro do clado de Platyrrhinus incarum, além de indicar que esse clado é grupo irmão do clado P. angustirostris + P. fusciventris. Com 229 localidades na América do Sul, sendo quatro novas, nós aumentamos a distribuição de P. incarum em 391 km a sudeste. Nosso registro em São Paulo — SP aumenta sua distribuição para uma área de ocorrência de outras duas espécies congêneres: P. lineatus e P. recifinus. A ausência de registros anteriores indica que a espécie é rara na região, possivelmente devido ao local ser limite de sua distribuição e/ou por ser afetada negativamente por outra espécie levemente maior, P. recifinus. Além disso, nós adicionamos mais um registro de atropelamento para a espécie, tal incidente ocorre com frequência com morcegos mas seu impacto é pouco conhecido. Alguns dos indivíduos coletados apresentam características distintas do publicado para a espécie, como tamanho do metacarpo III em relação ao metacarpo V e o número de vibrissas ao redor da folha nasal, sendo mais útil a utilização dos caracteres dentários para correta identificação. Com isso, nosso estudo sugere que Platyrrhinus helleri não ocorre no Brasil além de melhor delimitar a distribuição de Platyrrhinus incarum na América do Sul.
Palavras-chave DNA, taxonomia, filogenia
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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