"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18684

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia mecânica
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Maria Clara Lima de Sousa Augusto
Orientador JULIO CESAR COSTA CAMPOS
Outros membros ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO, JANE SELIA DOS REIS COIMBRA, MARCIO AREDES MARTINS, MOYSES NAVES DE MORAES
Título Produção de Biodiesel de Acrocomia aculeata e Teste de Estabilidade Visando Aplicação em Locomotiva à Diesel
Resumo A matriz energética brasileira é diferente da mundial, haja vista que, embora o uso de fontes não renováveis de energia ainda seja predominante no país, o aproveitamento de fontes renováveis no Brasil em 2020 foi superior ao dobro do que ocorreu no cenário mundial ao longo do mesmo período. Esta substituição gradativa se deve à alta demanda territorial, à limitação das fontes não renováveis e aos efeitos ambientais e climáticos causados pela consequente emissão de toneladas de gases de efeito estufa decorrente da queima de combustíveis.
O biodiesel, muito estudado como alternativa aos combustíveis fósseis, é um biocombustível oriundo de biomassa, constituído de uma mistura de ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos, obtidos de triglicerídeos derivados de gordura animal ou vegetal, com um álcool de cadeia curta. Sendo a macaúba (Acrocomia aculeata) muito indicada como uma espécie promissora para a produção de óleo destinado à fabricação de biodiesel oriundo da sua polpa, principalmente devido ao alto volume de óleo por hectare, à sua rusticidade e pelo suporte à rentabilidade dos coprodutores.
Desse modo, o objetivo do trabalho foi produzir biodiesel de Acrocomia aculeata e testar sua estabilidade ao longo do tempo, comparando amostras com e sem adição do antioxidante hidroxitolueno butilado (BHT).
O biocombustível foi produzido a partir do óleo de macaúba submetido a uma esterificação por catálise ácida, seguida da transesterificação homogênea alcalina. Sua estabilidade oxidativa foi determinada ao longo do tempo através das análises de índice de acidez (ABNT NBR 14448) e índice de peróxido (Norma ISO 3960) realizadas semanalmente durante três meses.
Inicialmente o biocombustível sem adição de BHT apresentava índice de acidez de 0,225 mgKOH/g e índice de peróxido de 6,68 meq/Kg e o adicionado de BHT apresentava acidez de 0,111 mgKOH/g e índice de peróxido de 9,51 meq/Kg, ambas as amostras estavam dentro dos parâmetros de qualidade nacional, cujos limites preconizados pela legislação de acidez máxima é de 0,5 mgKOH/g e de peróxido máximo é de 10 meq/Kg.
Após o período de uma semana a acidez foi novamente medida em ambas as amostras, verificando-se que a amostra sem adição de antioxidante já havia extrapolado o limite máximo de acidez, indicando deterioração pela presença de ácidos graxos livres, provenientes da hidrólise dos triacilgliceróis. O que aconteceu com a amostra 2 (com BHT) apenas após 7 semanas. Com relação ao índice de peróxido, após a quarta semana a amostra 1 (sem BHT) ultrapassou o limite máximo permitido e amostra 2 após 7 semanas, indicando o processso de deterioração.
Diante do exposto, é evidente a necessidade de efetuar, gradativamente, a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis, sendo a macaúba uma forte representante da biomassa para esse fim. Ademais, analisando os resultados pode-se concluir a influência da adição do antioxidante na estabilidade do biodiesel, prolongando sua vida útil.
Palavras-chave fontes renováveis, biodiesel, macaúba
Forma de apresentação..... Painel
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