Resumo |
Introdução: A enteropatia proliferativa suína é uma doença intestinal grave de porcos domésticos. É causada pela bactéria gram-negativa L. intracellularis, que infecta as células que revestem o íleo e ceco, causando inflamação, hemorragias e espessamento da parede intestinal. A doença pode ser fatal, principalmente em suínos jovens, e causa perdas econômicas significativas. Atualmente existem vacinas comerciais, porém com menor eficácia. Objetivo: Desenhar uma proteína sintética para utilização como antígeno vacinal contra infecção por L. intracellularis. Metodologia: A construção in silico do antígeno foi realizada a partir da predição de epítopos de células T CD4+, T CD8+ e células B de proteínas já testadas como vacinas na literatura. Posteriormente, o gene recombinante foi sintetizado quimicamente com sítios de restrição para as enzimas XhoI e NheI. O gene sintético foi amplificado a partir de PCR (Reação em cadeia da polimerase) utilizando primers específicos. O produto de PCR purificado foi submetido a reação de ligação com vetor pGEM-T Easy de acordo com instruções do fabricante. O próximo passo foi a etapa de transformação com a E. coli DH5α quimicamente competente incubadas em placa de Petri com meio LB e antibiótico Ampicilina, incubados overnight a 37°C para análise de colônias transformadas. A partir da confirmação, células transformadas foram inoculadas em meio LB com ampicilina e crescidas overnight sob agitação de 180 rpm a 37°C para posterior extração de DNA plasmidial. Com DNA extraído, foi feita a confirmação por PCR e digestão, para retirada do inseto ao vetor PGEM-T Easy. Para a expressão da proteína, o inserto clonado foi inserido no vetor PET-28a por transformação. Para confirmação, colônias foram submetidas a PCR e digestão com enzimas XhoI e NheI. Resultados: O antígeno recombinante foi construído utilizando os epítopos com maiores valores de predição para células T CD4+ e T CD8+, combinados a epítopos com menores valores possíveis para células B. Os epítopos foram ligados utilizando linker de serina/glicina. O gene sintético sintetizado foi amplificado e confirmado por eletroforese, confirmando o fragmento de 1212 pares de bases. Após a transformação com E.Coli DH5α e após incubação, observou-se colônias brancas indicando resultado positivo. Depois da extração de DNA plasmidial, a clonagem foi confirmada via eletroforese em gel de agarose, revelando as bandas características do inserto e do vetor PGEM-T Easy utilizado. O inserto inserido no PET-28a foi confirmado por técnica de Sequenciamento de Sanger. Conclusão: A proteína quimérica construída contendo o antígeno vacinal contra Lawsonia intracellularis foi clonada em vetor de expressão e as próximas etapas incluem padronização da produção e purificação da proteína recombinante. Experimentos in vivo devem ser realizados para avaliar a segurança e eficiência da formulação. |