Resumo |
Introdução: Após o advento da pandemia da Covid-19, houve aumento da incidência do estresse entre a população universitária. Objetivo: Avaliar o estresse e sua intensidade em estudantes universitários no contexto pós pandemia da Covid-19. Material e Métodos: Estudo transversal realizado com estudantes de uma universidade pública da Zona da Mata Mineira entre setembro e novembro de 2022, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer: 5.700.107). Os dados foram coletados de forma online, a partir do instrumento de caracterização sociodemográfica e psicossocial, da Depression, Anxiety and Stress Scale 21 (DASS 21) e analisados no Statistical Package for the Social Sciences (versão 20.0), por meio da estatística descritiva. Resultados: Participaram do estudo 144 estudantes, sendo 99 (68,8%) do sexo feminino e 45 (31,3%) do sexo masculino, com média de idade de 22,69 anos (desvio padrão: 4,312). 91 (63,2%) acadêmicos autodeclaram-se brancos, 41 (28,5%) pardos e outros 12 (8,37%) pretos. 138 (95,8%) dos estudantes eram solteiros. Com relação a moradia, 72 (50%) moravam em república, 33 (22,9%) moravam sozinho, 27 (18,8%) moravam com a família e outros 11 (7,6%) moravam em alojamento estudantil. 126 (87,5%) não trabalhavam, 112 (77,8%) não eram atendidos por nenhum programa de assistência estudantil, 105 (72,9%) não recebiam qualquer tipo de bolsa, 126 (59,7%) não possuíam nenhuma renda mensal própria, 42 (29,9%) alegaram renda familiar média entre dois a três salários mínimos. Em relação à formação acadêmica, 64 (44,5%) estavam matriculados em cursos da área de ciências biológicas e da saúde, 31 (21,7%) ciências humanas e sociais, 37 (25,9%) ciências exatas e suas tecnologias e 12 (8,4%) em ciências agrárias. A análise do estresse pela DASS-21 apontou média de 20,93 (desvio padrão: 11,712), o que corresponde a um nível moderado. Conclusão: Os resultados encontrados apontam o estresse como uma vulnerabilidade emocional dos estudantes universitários no contexto pós pandemia da Covid-19. |