"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18609

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Serviço social
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ana Elisa de Paiva Farias
Orientador NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO
Outros membros Jamily Barbosa, Wellington Lopes Ribeiro
Título O processo de urbanização no município de Viçosa/MG enquanto reprodutor das desigualdades sociais — com recorte na construção do bairro Coelhas
Resumo Esta pesquisa visa compreender e analisar criticamente o processo de urbanização e desenvolvimento socioespacial na cidade de Viçosa/MG rumo a áreas periféricas, a partir dos Programas Minha Casa Minha Vida (PMCMV), na cidade de Viçosa, MG. O trabalho também buscou contribuir para o debate acerca da implementação de Políticas Habitacionais a partir do PMCMV direcionadas às camadas populares, bem como mostrar a importância deste tema para o Serviço Social, tendo em vista as expressões da Questão Social, objeto de estudo da profissão. Tomou-se como referência o bairro Coelhas onde fora construído um conjunto habitacional associado ao Programa Minha Casa Minha Vida. Utilizou-se o método bibliográfico-qualitativo, apoiando-se na metodologia do materialismo histórico-dialético, em uma perspectiva crítico-dialética, destacada por Prates (2016) como essencial para propor intervenções críticas e consistentes na realidade. A pesquisa analisou teses, periódicos, dissertações, textos, e monografias, visando compreender e analisar criticamente os processos sócio-históricos de desigualdade urbana no Brasil e sua relação com o processo de expansão do município de Viçosa/MG, sobretudo pela ótica do capital, dando enfoque ao programa Minha Casa Minha Vida, que fora implementado no bairro Coelhas, tendo como um dos seus atores, o poder público municipal. A problemática se instala porque na implementação destes Programas, o Poder Público tem privilegiado os bairros longínquos, caracterizados pelo isolamento e pela ausência de infraestrutura e integração à cidade. Neste contexto, observa-se que o Programa tem contribuído para agudizar a desigualdade social e, muito embora considera-se a importância do acesso à casa própria, o Programa não prevê mecanismos de combate a especulação imobiliária ou possibilidades de incluir a população nas áreas centrais da cidade. A localização dos conjuntos em áreas afastadas da cidade contribui para a exclusão socioespacial dos pobres dos centros urbanos, reforçando a ideologia do modo de produção capitalista. Nesta lógica, a terra se transforma em mercadoria, fazendo com que o valor de troca se intensifique em detrimento ao valor de uso no espaço urbano, alterando também a dinâmica e estrutura das cidades. Como outra consequência, observa-se a negligência do poder público nos serviços de locomoção e infraestrutura adequada para essa população. Outro aspecto observado no Programa, está associado ao maior favorecimento do mercado imobiliário, cujos recursos vinculados ao setor, fomentam a economia da cidade, sob as custas da qualidade de vida da classe trabalhadora explorada. A expansão da cidade reproduz os valores capitalistas de desigualdade e segregação socioespacial, marginalizando ainda mais os pobres da cidade e expondo as contradições das políticas públicas habitacionais, de transporte, saúde, e educação na cidade.
Palavras-chave Urbanização e Programa Minha Casa Minha Vida, Desigualdade Social, Serviço Social.
Forma de apresentação..... Painel
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