Resumo |
O presente trabalho visa promover uma discussão sobre a forma como a História da Química, presente nos materiais didáticos e divulgadas na mídia, invisibilizou a contribuição científicas e tecnológicas dos e das cientistas negros e negras ao longo do seu desenvolvimento. Voltado para o público de estudantes do ensino médio, o trabalho propõe um processo de reflexão por meio de um produto pedagógico lúdico (jogo da memória) para apresentar alguns Químicos Negros e Químicas Negras e suas contribuições ao longo da história que possa ser utilizado em salas de aulas para o ensino de química, através de uma dupla função social e educacional. A metodologia utilizada foi estudo qualitativo, onde optou-se por realizar uma abordagem Historiográfica sobre a vida e contribuições de alguns cientistas negros e negras do século XIV, XX e XXI. O resultado obtido foi um resumo da biografia dos seguintes cientistas George Washington Carver (1864-1943), Alice Augusta Ball Alice Augusta Ball (1892 – 1916), Lloyd Augustus Hall (1894 – 1971), Percy Lavon Julian (1899 – 1975), Marie Maynard Daly (1921 – 2003), Cheick Anta Diop (1923 – 1986), Betty Harris (1940 -), St. Elmo Brady (1884 - 1966), Lawrence H. Knox (1906 - 1966), Denise Alves Fungaro (1959 -), Alma LeVant Hayden (1927 – 1967), Bettye Washington Greene (1935-1995). A partir disso, foram confeccionadas as cartas e as regras para a utilização do jogo da memória. O jogo tem a proposta de tornar mais agradável a revisão dos compostos orgânicos, suas fórmulas estruturais correlacionando com Químicos e Químicas negros e negras que tiveram grande importância na síntese ou no isolamento dos compostos escolhidos. Esse é um conteúdo geralmente trabalhado no terceiro ano do ensino médio. As regras do jogo são as mesmas para o conhecido “Jogo da Memória”. Ao finalizar o jogo, é sugerido ao professor que seja feita uma discussão sobre a experiência vivida pelos estudantes, para que o próprio professor possa coletar e analisar como foi a realização dos jogos. Trazendo assim a oportunidade de eles processarem e analisarem dados químicos, por meio da curiosidade e atenção e promovendo o debate para uma justiça social, pluralidade e respeito às diversidades. Na literatura, as informações contidas nas cartas são encontradas em diversos sites diferentes e muitas vezes, estão em língua inglesa, o que dificulta a popularização desse conhecimento para a maior parte da sociedade, principalmente os que possuem dificuldade de acesso a meios tecnológicos como a internet, celular, computador e similares. Logo, é necessária que ocorra uma maior divulgação dessas informações, que os estudantes possam ter acesso e possam discutir sobre a participação de seus semelhantes na História da Química. |