"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18589

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Irene da Silva Araújo Gonçalves
Orientador GLAUCE DIAS DA COSTA
Outros membros Ana Caroline Alves Souza, DAYSE MARA DE OLIVEIRA FREITAS, Letícia Milagres Paiva, TATIANA DO NASCIMENTO CAMPOS
Título Níveis de cortisol e sua relação com o comportamento alimentar em mulheres com obesidade
Resumo INTRODUÇÃO: Os efeitos do stress na ingestão alimentar podem estar relacionados a perturbações no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que quando ativado, resulta na secreção de cortisol, um glicocorticóide que estimula o apetite e aumenta a ingestão de alimentos altamente palatáveis. O cortisol, hormônio do stress, serve como um marcador precoce da sensação de perda de controle sobre a alimentação, podendo, portanto, influenciar o comportamento alimentar. OBJETIVO: Avaliar a associação entre os níveis de cortisol plasmático e o comportamento alimentar de mulheres com obesidade. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com 149 mulheres adultas com obesidade, recrutadas no município de Viçosa, para participarem de um estudo de intervenção maior, denominado NutrirCom. O cálculo amostral considerou o número de mulheres com obesidade acompanhadas pelo SISVAN em 2021. As participantes responderam ao Questionário Holandês de Comportamento Alimentar(em dimensões restrição alimentar; a ingestão emocional; e a ingestão externa). Foi realizado exame bioquimico para dosagem de cortisol basal, em até duas horas após o horário habitual de despertar. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV (CEP nº 5.693.565/2022). As participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A normalidade das variáveis foi analisada pelo teste Kolgomorov-Smirnov e a associação feita pela correlação de Spearman, utilizando o software SPSS versão 20.0, adotando-se como nível de significância estatística α = 0,05. RESULTADOS: A média de idade, Índice de Massa Corporal e de cortisol basal das participantes foram 38,04 anos (dp=10,78), 36,7 (dp=5,21) Kg/m2, 15,077 μg/dL, respectivamente. Foi observado que 23,9% dos participantes apresentaram o estilo restritivo predominante, 37,6% apresentaram o estilo de ingestão externa predominante e 38,5% apresentaram o estilo de ingestão emocional predominante. Houve uma correlação positiva entre cortisol e comportamento de ingestão emocional (p = 0,021) e cortisol e comportamento de ingestão externa (p = 0,011). Não houve associação entre níveis de cortisol e comportamento de restrição alimentar (p = 0,453). CONCLUSÃO: Em condições de stress a adesão a um controle alimentar pode ser dificultado, uma vez que a função racional pode ser inibida, quando a emocional predomina e desinibe o comportamento alimentar. Níveis de cortisol aumentados também contribuem para aumento do estilo de ingestão externa, inibindo a capacidade de identificar de modo adequado as necessidades físicas, sendo mais facilmente influenciada pelos estímulos externos do que pelos sinais de fome ou saciedade.
Palavras-chave Comportamento alimentar, cortisol, stress
Forma de apresentação..... Vídeo
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