"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18517

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro MEC, Outros, UFV
Primeiro autor GUILHERME NUNES MORAES FILHO
Orientador LEANDRO ABREU DA FONSECA
Outros membros AECIO CARLOS DE OLIVEIRA, CINTIA FERNANDES FIDELIS, Lupércio Soares David Brumano, Thales de Souza Coura Dias
Título Relato de caso: leucemia linfocítica crônica em canino da raça golden retriever
Resumo As neoplasias hematopoiéticas são afecções comuns em cães e gatos, sendo as leucemias as mais raras, representando cerca de 10% destas. São neoplasias malignas graduais que se proliferam no sangue e na medula óssea e conforme sua linhagem celular podem ser classificadas em linfóide ou mielóide. A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é caracterizada por células precursoras, os linfoblastos, condensados e com proliferação incapaz de sofrer mutações, enquanto que a leucemia linfocítica crônica (LLC) é caracterizada por uma proliferação exacerbada de linfócitos em medula óssea e/ou sangue periférico. O paciente pode apresentar um quadro clínico de apatia, prostração, hiporexia, emagrecimento, êmese, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenomegalia e mucosas hipocoradas. Comumente são achados hematológicos a anemia, trombocitopenia e linfocitose persistente. Objetiva-se relatar um caso de LLC atendido no HOV/DVT-UFV. Um canino, golden retriever, fêmea, de 7 anos de idade, foi atendido apresentando um quadro de apatia e hiporexia há 1 mês e exames prévios apresentando leucometria global de 47.000 células/µL (referência 6.000 - 17.000 células/µL), sendo destes 45.000 células/µL apenas linfócitos. Ao exame físico apresentava mucosas pálidas, esplenomegalia, linfadenomegalia submandibular e pré-escapular, e atrofia muscular de musculatura frontal e masseter. Foi coletado material para hemograma, bioquímica sérica, contagem de reticulócitos e sorologia para erliquiose, babesiose e leishmaniose, que revelaram uma anemia (21% - referência 37-55%) macrocítica normocrômica, leucitose de 246.000 células/µL (referência 6.000 - 17.000 células/µL), sendo 243.540 células/µL blastos, e uma trombocitopenia de 63.000 células/µL (referência 175.000-500.00 células/µL) e presença de anisocitose discreta e macrocitose moderada, sendo sugestivo de LLA e reagente para IgM e IgG para erliquiose. Após 7 dias a paciente foi submetida a procedimento de mielograma em úmero direito e com isso foram repetidos os exames hematológicos prévios, detectando novamente uma anemia (10%) macrocítica (VCM 83,8 fL) normocrômica, leucocitose persistente (167.600 células/µL) com baixa presença de blastos e linfocitose de 162.572 células/µL (referência 1.000 - 4.800 células/µL), sendo esses atípicos com predomínio de linfócitos pequenos (74%), além da trombocitopenia de 72.000 células/µL, sendo sugestivo de uma LLC e em exame de mielograma foi confirmado a leucemia linfocítica crônica. Como tratamento, a paciente foi submetida à transfusão sanguínea e prescrito doxiciclina (10mg/Kg/SID/28dias), clorambulica (0,2mg/Kg/VO/SID/14dias) e predinisolona (30mg/m²/VO/SID/7 dias). Após 2 dias de tratamento a paciente começou a apresentar complicações cardiorrespiratórias, hepáticas e renais, como icterícia, êmese, poliúria, dispneia expiratória, vindo ao óbito no mesmo dia.
Palavras-chave Neoplasia medular, Linfócitos, Mielograma
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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