"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18490

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Dávis Francisco Cunha de Paula
Orientador MARA GARCIA TAVARES
Outros membros Gisele Amaro Teixeira
Título CITOGENÉTICA CLÁSSICA E COLORAÇÃO COM FLUOROCROMOS BASE- ESPECÍFICOS NA ABELHA SOLITÁRIA Euglossa sp. grupo cordata (HYMENOPTERA: APIDAE: EUGLOSSINI)
Resumo As abelhas da tribo Euglossini são endêmicas da região Neotropical e possuem hábitos solitários. Essas abelhas têm importância ecológica, pois, polinizam diferentes espécies de plantas, principalmente, da família Orchidaceae, sendo conhecidas como abelhas de orquídeas. Ações antrópicas que levam ao desmatamento e fragmentação de habitat tem reduzido drasticamente as populações de Euglossini. Nesse contexto, a citogenética gera informações úteis em estratégias de conservação, uma vez que pode identificar variações cromossômicas entre populações que levam à inviabilidade da prole. Neste estudo, caracterizamos, através de citogenética clássica e da coloração com fluorocromos base-específicos, a abelha solitária Euglossa sp. grupo cordata, ampliando o conhecimento citogenético sobre o gênero. Um ninho de Euglossa sp. grupo cordata foi coletado no campus da Universidade Federal de Viçosa. Metáfases mitóticas foram obtidas a partir de gânglios cerebrais de larvas pós defecantes e pupas. Os gânglios foram submetidos à solução hipotônica de colchicina e posterior coloração com Giemsa 4%, para definição da morfologia e do número cromossômico e à coloração com os fluorocromos diamidino-2-fenilindol (DAPI)/Cromomicina A3 (CMA3), para evidenciar regiões ricas em bases AT e CG, respectivamente. A espécie apresentou 2n=42 cromossomos (16m + 26sm) nas fêmeas e n=21 (8m + 13sm) nos machos. O mesmo número cromossômico foi observado em E. cordata, E. townsendi, Euglossa sp (citada como E. carolina) e E. cyanaspis, sendo as três primeiras coletadas no Brasil e, a última no Panamá. Essas espécies, entretanto, apresentaram todos os cromossomos submetacêntricos, o que difere da espécie deste estudo que apresenta alguns pares metacêntricos. Esta diferença sugere que inversões ou duplicações/deleções de segmentos cromossômicos podem estar envolvidos na origem da variação da morfologia cromossômica em Euglossa sp. grupo cordata. Fusões ou fissões cromossômicas também podem ter moldado a evolução cariotípica de Euglossa, pois, um estudo realizado com E. hyacinthina revelou que essa espécie panamenha apresenta n=20 cromossomos, em vez de n=21. A coloração com DAPI/CMA3 mostrou marcações DAPI+ nas regiões centroméricas de todos os cromossomos, enquanto as regiões CMA3+ foram visualizadas em regiões subterminais/terminais de dez cromossomos e em regiões centroméricas de outros doze cromossomos, em fêmeas da espécie. Esse padrão foi igual ao observado para Euglossa sp (E. carolina), enquanto E. townsendi mostrou um padrão diferente, com marcações ricas em AT na região pericentromérica e marcações ricas em GC em regiões terminais de três pares cromossômicos. Neste estudo ampliamos os conhecimentos citogenéticos sobre o gênero Euglossa bem para Euglossini e futuros estudos em outras espécies dessa tribo serão importantes para compreender melhor sua evolução cariotípica.
Palavras-chave Palavras-chave: Abelhas solitárias, cariótipo, heterocromatina.
Forma de apresentação..... Painel
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