"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18448

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Pietra Vidal Cardoso do Prado
Orientador HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO
Outros membros BARBARA PEREIRA DA SILVA, Carlos Wanderlei Piler de Carvalho, Jaqueline Maciel Vieira Theodoro, RENATA CELI LOPES TOLEDO
Título Farinha de Milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. BR.) Extrusado Melhora o Estresse Oxidativo e Inflamação em Ratos Wistar Induzidos à Deficiência de Ferro
Resumo A anemia ferropriva, resultante da ingestão baixa de ferro (Fe) advindo da dieta, é um problema de saúde nutricional que afeta populações de todo o mundo, contribuindo para aumento da morbimortalidade. Na deficiência de Fe, o funcionamento de enzimas fica prejudicado, levando a um desequilíbrio entre as espécies reativas de oxigênio e a capacidade antioxidante total do organismo. A extrusão dos alimentos utiliza fontes de calor, pressão e cisalhamento, com intuito de melhorar a aplicabilidade da matriz alimentar no desenvolvimento de produtos. No entanto, necessita investigar a modificação da composição química e seu valor biológico. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a composição química e o efeito do consumo de farinha de milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Br.) extrusado (EM) e convencional (CM) no estresse oxidativo e na inflamação em ratos Wistar induzidos a deficiência de Fe. A composição química, umidade, proteína, lipídio, fibras totais, carboidrato, amido resistente, ácido fítico, fenólicos totais, DPPH e minerais foi avaliada nas farinhas de milheto convencional e extrusada. O ensaio biológico foi realizado por meio do método de depleção/repleção de hemoglobina (Hb), com 24 ratos machos (Wistar). Na fase de depleção os animais receberam dieta padrão sem ferro por 28 dias, para induzir sua deficiência. Na fase de repleção os animais foram divididos em 3 grupos recebendo 13,29 ppm de Fe/kg de dieta: um grupo controle (dieta padrão AIN-93 (DP) + sulfato ferroso (SF)), e 2 grupos testes: (DP + CM) e (DP + EM), por 21 dias. No 50º dia de experimento, os animais foram eutanasiados e coletados sangue e fígado para dosagem de Hb e análise estrese oxidativo, por meio dos marcadores malondialdeído (MDA), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), capacidade antioxidante total (TAC) do fígado e expressão gênica do fator nuclear eritróide 2 (NRF2), fator de necrose tumoral (TNF) e da SOD. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) seguidos do teste t de Student, para análise de composição, e Newman-Keuls, para o ensaio biológico, a 5% (p<0,05) de significância, utilizando GraphPad Prism, versão 9.0. A farinha de milheto convencional apresentou maior concentração de fibra alimentar total, lipídios e amido resistente comparada à extrusada, enquanto a extrusada apresentou maior conteúdo de carboidrato, ferro e manganês. No ensaio in vivo, MDA, CAT e SOD diminuíram nos tratamentos, milheto convencional e extrusado (DP+CM e DP+EM) quando comparado ao grupo controle (DP+FS). A TAC no grupo extrusado foi menor comparado aos demais grupos. Em relação às análises de expressão gênica o NRF2 e o TNF foram menos expressos nos grupos testes com milheto, comparado ao sulfato ferroso, enquanto a expressão de SOD não diferiu entre eles. Conclui-se que o processo de extrusão do milheto aumenta o conteúdo de Fe e Mn, sendo uma fonte alternativa de Fe, com melhora da Hb, além de apresentar um potencial antioxidante e anti-inflamatório.
Palavras-chave Anemia, Espécies Reativas de Oxigênio, Compostos Antioxidantes
Forma de apresentação..... Vídeo
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