"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18438

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Florestal
Bolsa BIC-Júnior
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Yasmin Alves Martins de Oliveira
Orientador FRANCELINE APARECIDA LOPES
Outros membros Luiza Morais Diniz, Sophia Maia Miranda
Título Produção e avaliação de bandejas de bagaço de cana-de-açúcar para comercialização de produtos vegetais in natura
Resumo As embalagens possuem papel fundamental para a conservação de alimentos, entretanto, a utilização de embalagens feitas de materiais não biodegradáveis causa um grave impacto ambiental, devido ao grande volume de resíduos sólidos gerados. Por isso, alternativas sustentáveis vêm sendo buscadas para reduzir a degradação ecossistêmica causada pelo descarte de embalagens provenientes de recursos não renováveis. Uma alternativa é a utilização de bagaços de cana-de-açúcar que, geralmente, são descartados, para substituição dos plásticos em algumas embalagens. Assim, o objetivo deste trabalho é produzir bandejas de bagaço de cana-de-açúcar e comparar suas características com tradicionais bandejas de XPS. O experimento está sendo realizado no Setor de Agroindústria da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal. O bagaço de cana utilizado na produção das bandejas foi tratado com solução contendo hidróxido de sódio e água, em concentração de 10%. Nessa etapa, o bagaço foi imerso na solução por uma hora e depois enxaguado até atingir pH neutro. Depois, foi seco em estufas a 60ºC por 24 horas e triturado em um moedor. Para a produção das bandejas, foi utilizado gel de fécula de mandioca e água destilada na proporção de 10% m/v. A suspensão de fécula de mandioca e água foi aquecida até 70ºC sob agitação constante e com aquecimento, mantida nessa temperatura por 10 minutos e resfriada até 50ºC. Após o resfriamento, foi adicionado glicerol na concentração de 2% em relação à fécula, seguido da adição do bagaço de cana em concentração de 10%. A mistura foi moldada manualmente em bandejas de Poliestireno Extrudado (XPS) e as bandejas foram secas a 50ºC por 48 horas. Após a secagem, as bandejas de bagaço de cana foram removidas dos moldes e avaliadas com relação à espessura, umidade e capacidade de absorção de água, assim como características subjetivas como ausência de rachaduras e fragilidade durante o manuseio. As bandejas obtidas apresentaram espessura média de 2,504 mm, valor superior ao das bandejas XPS devido ao tamanho das fibras do bagaço. Entretanto, essa maior espessura garante também maior resistência e menor flexíveis. Apresentaram teor de umidade de 11,72%, similar a outros estudos com resíduos. A capacidade de absorção de água obtida foi de 212,77g de água/100g de amostra após 30 min, um valor alto devido à natureza hidrofílica das fibras vegetais e da fécula de mandioca. Além disso, o glicerol utilizado na formulação aumenta a porosidade do material, permitindo maior entrada de água nos espaços vazios. A partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que apesar da alta capacidade de absorção de água, as bandejas de bagaço de cana-de-açúcar possuem potencial de utilização na comercialização de vegetais in natura, já que são resistentes e, caso absorvam água, podem ser descartadas juntamente com o vegetal sem causar prejuízos ao meio ambiente. Portanto, são uma alternativa viável para a substituição das bandejas de XPS.
Palavras-chave Bandeja, bagaço, cana.
Forma de apresentação..... Vídeo
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