"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18398

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia geral
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mateus Lordelo Vidigal
Orientador GUSTAVO FERREIRA MARTINS
Outros membros Beatriz Cristina da Silva Alves, Lorena Lisbetd Botina Jojoa, Renan dos Santos Araújo
Título Os efeitos da exposição ao fungicida difenoconazol variam de acordo com o tipo de exposição e espécie de abelha
Resumo O fungicida difenoconazol é amplamente usado no controle de doenças nas plantas e, embora seu alvo sejam os fungos, estudos têm revelado seu potencial tóxico em insetos, como as abelhas. As abelhas sem ferrão têm sido consideradas em avaliações toxicológicas, visto que, similarmente à Apis mellifera, esse grupo de abelhas nativas vem sofrendo declínio populacional, sendo os agroquímicos considerados uma das principais causas dessas perdas. Portanto, avaliações toxicológicas que explorem os efeitos isolados de agroquímicos negligenciados, como os fungicidas, são essenciais para compreender a interação abelhas-agroquímicos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito toxicológico da exposição aguda oral e tópica ao fungicida difenoconazol na sobrevivência da abelha exótica A. mellifera e cinco espécies de abelhas nativas sem ferrão. Abelhas forrageiras foram expostas à concentração máxima recomendada e a duas diluições (1/10 e 1/100) e comparadas ao controle (dieta sem o fungicida). Utilizaram-se as mesmas concentrações para a exposição oral e tópica. Cada tratamento foi constituído por 30 indivíduos provenientes de três colônias de cada espécie (A. mellifera, Melipona mondury, Frieseomelitta varia, Partamona helleri, Scaptotrigona xanthotricha, e Trigona spinipes). Para a exposição oral, o fungicida foi adicionado à dieta (sacarose 50% em água) fornecida às abelhas por seis horas, enquanto para a exposição tópica, foi diluído em acetona e aplicado com uma micropipeta, em quantidades entre 1 e 2 µl do composto no tórax das abelhas, dependendo do tamanho da espécie. A sobrevivência foi avaliada em períodos de 24h até completar 96h. A exposição oral não exibiu efeitos significativos na sobrevivência das forrageiras de abelhas sem ferrão (p > 0,05), no entanto, A. mellifera exibiu uma diminuição significativa (p = 0,001) da sobrevivência após as 96h de exposição à máxima concentração do difenoconazol. Na exposição por contato, M. mondury (p< 0,001) e S. xanthotricha (p= 0,0019) exibiram uma diminuição significativa na sobrevivência após 24h de exposição da máxima concentração. As duas diluições (1/10 e 1/100), tanto via exposição oral quanto tópica, não prejudicaram a sobrevivência das seis espécies de abelhas testadas. Concluímos que o potencial tóxico do difenoconazol na sobrevivência das abelhas depende da via da exposição (oral ou tópica), sua concentração e a espécie de abelha, visto que algumas espécies apresentaram diferentes respostas toxicológicas para cada via de exposição.
Palavras-chave Abelhas, toxicologia, sobrevivência.
Forma de apresentação..... Painel
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