"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18381

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC Ensino Médio
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor MARIA CLAUDIA LOURA DINIZ PIRES
Orientador FABIO LUIZ RIGUEIRA SIMAO
Outros membros THAIS MACEDO PONTES
Título No tribunal da humanidade: a escrita da história na obra de Yuval Harari
Resumo A compreensão sobre a espécie humana e seu desenvolvimento é fundamental para entender o mundo moderno e propor possibilidades para o futuro. Esse é o foco das obras do historiador israelense Yuval Noah Harari. A trilogia Sapiens: Uma breve história da humanidade (2014), Homo Deus: Uma breve história do amanhã (2016) e 21 lições para o século 21 (2018), é um fenômeno editorial que alia humanidades, biologia, psicologia evolutiva e outras áreas de forma única. Com mais de 40 milhões de livros vendidos e traduzidos para 65 idiomas, Harari é lido, visto e ouvido globalmente. Nessa pesquisa, analisamos a Teoria da História de Harari e a metanarrativa que ele empreende, investigando seu sucesso editorial e o significado da “nova agenda humana” que orienta seu pensamento. Nosso objetivo é compreender a obra internamente e a sua recepção junto aos leitores. Para tal, lemos e debatemos os livros, utilizando também artigos e material digital. Verificamos que o elemento fundamental da Teoria da História de Harari é a intersubjetividade. Para o autor, a espécie humana é a única capaz de cooperar em grande número e de forma flexível porque inventa e compartilha ficções, como o dinheiro, as nações e os direitos humanos. A linguagem e as narrativas são o diferencial dos humanos que partem de realidades imaginadas para agir e transformar o mundo, ou seja, em uma visão harariana as ficções são o motor da história. A partir disso, ele afirma que o mundo contemporâneo consagra o humanismo e o liberalismo como valores éticos e religiosos. Se no passado, baseavam-se nas escrituras para tomar decisões, agora ouvimos o conhecimento e a nossa consciência. A autoridade passou do sagrado à ciência, e da coletividade ao indivíduo. No futuro, a cibernética e a biotecnologia criarão uma nova espécie: o Homo Deus, que levará a sociedade para uma divisão ainda mais profunda de suas desigualdades. Com as máquinas e a inteligência artificial, os postos de trabalho e as democracias estarão ameaçados. O mundo imporá, assim, desafios éticos profundos aos seres que produzem realidades intersubjetivas. O “dataísmo” se tornará a religião do futuro, na qual os dados terão autoridade sobre os atos e as imaginações das pessoas. A “nova agenda humana” coloca em pauta questões como as armas nucleares, as mudanças climáticas, a cibernética e a biotecnologia. Harari cruza milhares de anos de história com foco nas questões atuais, abordando-as com uma linguagem acessível ao grande público. Esse é um ponto alto da obra porque cria um nexo especial com os jovens do ensino médio. Com insights disruptivos, mas bem argumentados e exemplificados, Harari coloca o leitor dentro das narrativas. A partir da leitura, concluímos que a conexão dos livros, das palestras e entrevistas do autor com as questões trazidas dão um efeito inovador e original à teoria e ao historiador, fazendo-nos ver com outros olhos a prática e o campo da história.
Palavras-chave Yuval Harari, Teoria da História, Intersubjetividade
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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