Resumo |
Os serviços sanitários nas regiões de zonas rurais, muitas vezes, não são fornecidos de maneira adequada e efetiva para toda a população local, por isso, isso se torna um problema, tanto para a população da comunidade, quanto para o meio ambiente que essas zonas rurais estão localizadas. Diante disso, o presente estudo consiste em buscar informações visando compreender de que forma são os acessos aos serviços sanitários do distrito de Cachoeira de Almas-Florestal, uma vez que, é considerado uma zona rural urbanizada. Para a realização da pesquisa, foram aplicados questionários – tipo survey – para os moradores da comunidade no período de 21/11/2022 a 19/03/2023 , com o intuído de identificar o perfil socioeconômico que a comunidade estava inserida e como era fornecido em termos de serviços de abastecimento de água e a coleta do esgotamento sanitário no ponto de vista dos moradores, isso é, se eles consideravam que os serviços ofertados eram efetivos ou não e, caso fosse implementado o pagamento desses serviços, eles estariam dispostos a pagar. Após a aplicação dos questionários, os dados foram tabulados e os resultados indicaram a participação de que mais de 70% da população, isso é, 214 pessoas, sendo 114 do sexo feminino e 100 do sexo masculino, logo é notório que houve pouca resistência da comunidade em participar da pesquisa. Além disso, foi constatado que a faixa etária de idade predominante é de 15 a 45 anos para ambos os sexos. Em relação aos critérios econômicos, 58% recebem em torno de 1 a 3 salários mínimos e 32% ganham até 1 salário mínimo. Também se destaca que a totalidades dos terrenos da comunidade não possuem legalização e estão ligados a rede de abastecimento de água. Já 73% das casas estão ligadas a rede coletora de esgoto. Tal rede coletora não realiza o tratamento do esgoto sanitário que é despejado in natura no ribeirão Cachoeira de Almas. Grande parte das pessoas que participaram da pesquisa afirmam ter consciência dos impactos que esse lançamento inadequado pode provocar na comunidade e no meio ambiente e, por isso, 86% dos participantes estão dispostos a pagarem para terem o acesso aos serviços de esgotamento sanitário, e por outro lado, 76% afirmam que estão dispostos a pagar pelo tratamento de água. Portanto, pode-se concluir que os serviços públicos de saneamento prestados a comunidade ainda são precários e irregulares, uma vez que a população possui diversas reclamações sobre a efetividade em que os serviços são prestados, principalmente, em relação a distribuição de água e a rede de coleta de esgoto. |