"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18300

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gustavo Júnio Santos Oliveira
Orientador JOAO PAULO DE SOUZA
Outros membros Maria Gracielle Rodrigues Maciel
Título Tolerância e o potencial papel facilitador de espécie lenhosas ao rejeito de minério de Lítio
Resumo O lítio é um dos metais mais utilizado no mundo todo, sendo que sua exploração global vem crescendo nos últimos anos. A extração de lítio gera rejeito e resíduos químicos em seu processamento. As concentrações elevadas de elementos químicos, como lítio e outros metais pesados podem ocasionar respostas negativas em plantas, alterando seus processos biológicos. O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar o efeito do rejeito de minério de lítio em quatro espécies de plantas lenhosas, analisando a tolerância, o crescimento, o desenvolvimento foliar, as atividades fotossintéticas e a produção de matéria seca. O experimento foi realizado na UFV - campus Florestal, em câmaras de topo aberto (CTAs). Foram utilizados dois substratos, sendo um de rejeito de minério de lítio (RML) e um controle (solo natural). Foram utilizadas 72 sementes de cada espécie, sendo elas Enterolobium contortisiliquum e Handroanthus impetiginosus de ampla distribuição e Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa de distribuição restrita. Os vasos foram distribuídos em oito CTAs (n=12 vasos para cada espécie em cada substrato), quatro para RML e quatro para o solo natural. Os dados morfométricos foram medidos semanalmente ao longo de oito meses em 12 plantas por espécie nos dois substratos. As medições de fluorescência da clorofila a e conteúdo de clorofila foram determinadas aos 135 DAE e 255 DAE. Na primeira coleta (135 DAE) foram utilizadas 64 plantas, sendo 32 plantas em cada substrato (n=8 plantas por espécie em cada substrato). Na segunda coleta (255 DAE) foram medidas 80 plantas, 40 plantas em cada substrato (n=10 plantas por espécie em cada substrato). A área foliar foi medida de forma destrutiva, sendo que todas as folhas foram separadas do caule e retirados os pecíolos. As mesmas plantas foram separadas em caule e raiz para determinar a massa seca. O índice de tolerância foi calculado ao fim do experimento, considerando as massas secas das plantas crescendo nos dois substratos. Para os dados de morfometria vegetativa e medidas fisiológicas foi aplicada uma ANOVA mista com dois fatores. Para o desenvolvimento foliar, biomassa e índices biométricos foi utilizada uma ANOVA de duas vias e para os índices de tolerância foi feito uma ANOVA simples. E. contortisiliquum foi a espécie menos tolerante ao RML, enquanto H. courbaril e H. stigonocarpa foram as mais tolerantes. Todas as espécies apresentaram ajustes fotossintéticos semelhantes, mantendo níveis mais baixos de clorofila a e eficiência fotossintética quando mantidas em RML. E. contortisiliquum teve maior produção inicial de folhas no RML, mas essa produção não foi mantida a longo prazo. Avaliamos que o RML teve efeito negativo principalmente nos parâmetros de crescimento analisados das plantas. Esse estudo foi capaz de demonstrar que os traços funcionais baseados no crescimento e atividades fotossintéticas são bons indicativos de tolerância das espécies em ambientes contaminados por rejeito de mineração de lítio.
Palavras-chave Resíduos químicos, mineração, índice de tolerância e parâmetros fotossintéticos.
Forma de apresentação..... Vídeo
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