"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18290

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Serviço social
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Renato Nogueira Martins
Orientador MARIANA COSTA CARVALHO
Outros membros KESIA SILVA TOSTA, Railane Sangir Santos
Título Saúde mental na contemporaneidade
Resumo O objetivo deste texto é apontar os elementos principias do debate contemporâneo brasileiro sobre a saúde mental, destacando a intensificação dos processos de adoecimento psíquico durante a pandemia de covid-19, chamando a atenção para a necessidade da organização dos sujeitos em defesa dos direitos para as pessoas em sofrimento psíquico. Este debate está situado no Movimento pela Reforma Psiquiátrica, iniciado nos anos 1970 e parte do suposto teórico que a sociedade é mediada por distintos níveis de complexidades e estruturas, sendo indispensável, no contexto contemporâneo, relacionar os aspectos individuais de cada sujeito com o modo com que a sociedade, de maneira coletiva, se reproduz. Na conjuntura capitalista vigente, os sujeitos sociais possuem predisposições para o adoecimento mental (FREITAS, 2013). Alguns pesquisadores apontam o adoecimento mental como o mal do século, dada a significativa incidência de casos nas últimas décadas e o grande impacto negativo na vida de milhões de pessoas. Algumas doenças e transtornos como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, insônia e outras, estão relacionadas com as determinações sociais (PAHO, 2022). Algumas pesquisas, realizadas pela Organização Mundial de Saúde revelam que a degradação da saúde mental aumentou significativamente ao longo da pandemia da COVID-19. Para esse estudo, a metodologia utilizada pautou-se em uma pesquisa básica de cunho exploratório, como proposto e descrito por Gil (2008). Portanto busca-se fornecer as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade, já que os fatos sociais não podem ser entendidos e nem considerados isoladamente, abstraídos de suas influências políticas, econômicas, culturais (GIL, 2008, p. 14). Segundo uma pesquisa realizada em 2022, pelo Jornal da USP, cerca de 30% da população declarou algum sintoma ansiogênico. Esta mesma pesquisa aponta o perfil sociodemográfico dos sujeitos que estão sendo invisibilizados, sendo eles compostos em porcentagem significativa por mulheres negras, sem acesso à escola, de baixa renda e periféricas. Dados da referida pesquisa “Elsa-Brasil” apontam que ao longo da pandemia da Covid-19 a ausência de rotina diária, bem como a restrição do contato social com amigos e entes queridos, agravaram condições antes já precarizadas. Sarmento (2020) e alguns dados expostos pela Organização Internacional do Trabalho revelam que a mudança na jornada e remuneração do trabalho também contribuiu nesse adoecimento mental, ou seja, o fator financeiro como um acentuador e um dos maiores dilemas. Destaca-se a omissão estatal como contribuição para esse fenômeno, ou seja, a ausência de suporte do Estado em promover políticas públicas destinadas a diagnosticar, tratar e acolher indivíduos com sofrimento psíquico. E ressaltamos a importância das organizações da sociedade civil, em especial dos Conselhos de Direito, para a defesa e ampliação dos direitos das pessoas em sofrimento psíquico.
Palavras-chave Saúde Mental, Contemporaneidade, Serviço Social.
Forma de apresentação..... Painel
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