"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18287

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ana Alice Pimenta Pereira
Orientador ALEX PAUVOLID CORREA
Outros membros Bruno Brito Morente, Clara Maria Ferraz, Larissa Berdine Gomes de Jesus, Rafaela Azeredo Leite Lima
Título Padronização do teste de neutralização da redução da placa para o vírus do oeste do Nilo
Resumo Localizado na região tropical, o Brasil é propício a circulação de vírus transmitidos por mosquitos, incluindo não só vírus epidêmicos como dengue, zika e chikungunya, mas também vírus enzoóticos como febre amarela, mayaro e o vírus do oeste do Nilo (VON), que ganhou destaque recentemente no Brasil devido a surtos de doença neurológica em humanos e equinos. Na década de 1990, o VON causou epidemias de encefalite humana na Europa e em 1999 foi detectado pela primeira vez Novo Mundo infectando animais do zoológico de Nova Iorque. Após os primeiros casos, epizootias de desordem neurológica causadas por VON em equinos passaram a ser reportadas nos Estados Unidos. Além da grande importância médica, principalmente nos Estados Unidos onde entre 1999 e 2021 foram reportados mais de 27 000 casos de doença humana neuroinvasiva, o VON tem importância também veterinária. Apenas nos Estados Unidos, 27 000 casos em equídeos foram reportados entre 1999-2019. Além do impacto nas populações de equinos, o VON também tem importância para conservação. O VON já foi detectado em mais 330 espécies de aves encontradas mortas e atribui-se ao VON redução populacional de corvos de mais 65% nos estados de Illinois e Oklahoma dos Estados Unidos. Assim, o VON é de grande relevância para saúde publica e animal por estar envolvido em epizootias em diferentes espécies e epidemias de desordem neurológica em diferentes regiões do mundo. Estudos realizados no Brasil têm evidenciado a circulação do VON em todas as regiões do país, incluindo os estados do sudeste, como Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. No entanto, o diagnóstico sorológico de VON é desafiador devido à reatividade cruzada com outros vírus do mesmo grupo, como o vírus da encefalite de Saint Louis, resultando em limitado conhecimento sobre sua real circulação no país. Portanto, é crucial o estabelecimento de métodos de diagnóstico para o VON de alta especificidade. O teste de neutralização por redução de placa (PRNT) é um ensaio globalmente utilizado e considerado padrão ouro para diagnóstico sorológico de arbovírus. O PRNT tem alta especificidade e permite a diferenciação de anticorpos neutralizantes entre vírus relacionados. Neste estudo, descrevemos a padronização do PRNT no Laboratório de Virologia Veterinária de Viçosa (LAVEV) do Departamento de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa. Utilizando cultura de células de rim de primatas (Vero) se estabeleceu ensaios de triagem e de diluição seriada de PRNT para o VON. Os resultados mostraram detecção de anticorpos neutralizantes específicos para VON em 96h. A padronização do PRNT para o VON fornece um método confiável e reprodutível para detecção e quantificação de anticorpos neutralizantes específicos para VON, que pode ser amplamente utilizado em inquéritos sorológicos, que em ultima análise contribui para o desenvolvimento de estratégias de controle e prevenção na emergência de viroses enzoóticas no Brasil.
Palavras-chave PRNT, diagnóstico, arbovírus emergente
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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