Resumo |
O presente trabalho tem como público envolvido o coletivo de agricultoras(es) artesãs e quitandeiras(os) que compõem a Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Paula Cândido-MG. Empreendimento que tem como objetivo a comercialização de produtos locais que para além da obtenção de renda busca visibilidade, valorização da identidade sociocultural local, fortalecimento de um circuito curto de comercialização e autonomia. Partindo destes princípios o principal objetivo dessa ação extensionista é trabalhar de forma conjunta com o coletivo, a fim de atender às demandas da feira e os anseios dos feirantes em aperfeiçoar os processos produtivos e organizacionais através de encontros, cursos, oficinas e demonstrações técnicas com profissionais convidados de diversas áreas e intercâmbios com grupos que tenham ações e objetivos comuns. Vale ressaltar que toda ação está sendo construída de maneira conjunta e democrática, tendo como fundamento a ação participativa de todo coletivo, a fim de que o processo tenha uma identidade cultural construída pelo mesmo, levando sempre em consideração as potencialidades do grupo. Sendo assim, é válido frisar que tais ações contribuirão na emergência e fortalecimento de processos associativos, desenvolvimento de capacidade técnicas, construção de processos autônomos das organizações de Agricultura Familiar, desenvolvimento de capacidades para trabalho em equipe, reflexão crítica, práticas facilitadoras de processos associativos e ações autogestionárias. Acredita-se que os encontros estão sendo de suma importância na contribuição para o desenvolvimento e progresso contínuo do coletivo de feirantes, com metodologias que despertam a coletividade e solidariedade entre os indivíduos na busca do processo de emancipação do grupo, podendo promover aos indivíduos uma sensação de pertencimento e voz ativa. Com isso é perceptível que o projeto vem contribuindo no fortalecimento através da formação, visto que as estratégias contribuem para o alcance do objetivo comum, no que diz respeito a presença de práticas solidárias em circuitos curtos de comercialização e a busca contínua pela autogestão do coletivo. |