Resumo |
Introdução: Os filtros solares orgânicos possuem como característica fundamental a capacidade de absorver os raios ultravioleta (UV). Divididos entre sintéticos e naturais, reduzem os efeitos indesejados na pele e por conseguinte a busca pelo desenvolvimento de novas substância é crescente, principalmente os de origem natural. Dentro desta realidade, a espectrofotometria Ultravioleta – Visível (UV-VIS) tem grande aplicação na previsão do Fator de Proteção Solar (FPS). Leonurus sibiricus L. (Erva-macaé) é comumente utilizada na medicina popular devido as suas propriedades terapêuticas. Todavia são escassos os estudos sobre seus constituintes químicos e biológicos. Objetivo: Investigar a composição fitoquímica e os perfis espectrais da atividade fotoprotetora de extratos de Leonurus sibiricus L., entrevendo o desenvolvimento de formulações fotoprotetoras dessa espécie. Método: Foram coletadas partes aéreas de L. sibiricus L. (Erva-macaé), lavadas, secas, moídas, trituradas e submetidas a banho de ultrassom ( 60min a 30ºc). Em seguida foram formulados três extratos, separadamente: aquoso, etanólico e hidroalcóolico, todos a 1:10 (m/v) e realizados análises fitoquímicas através de ensaios fitoquímicos qualitativos para a identificação dos fitocompostos. Posteriormente, soluções de cada extrato (0,1% m/v) foram avaliados por espectrofotometria, sendo calculado o valor de fator de proteção solar do extrato promissor. Resultados: A avaliação fitoquímica detectou a presença de metabólitos secundários com atividade fotoprotetora reconhecida na literatura, como flavonoides, taninos, alcaloides, triterpenos e esteroides. Por meio da análise da absorbância média, os extratos aquosos apresentaram o maior valor na faixa de comprimento de onda analisada. Seu maior potencial fotoprotetor foi a concentração de 3% (m/v) na qual obteve o fator de proteção solar estimado de 8. Conclusão: O extrato aquoso de L. sibiricus a 3% apresentou-se como o melhor candidato para o desenvolvimento de formulações fotoprotetoras, com FPS igual a 8. Contudo, são necessários outros testes in vivo e in vitro para desenvolvimentos de formulações fotoprotetoras a base de L. sibiricus.. |