"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18251

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia civil
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Jean Carlos Bernardes Dias
Orientador LEONARDO GONCALVES PEDROTI
Outros membros Hellen Regina de Carvalho Veloso Moura, Júlia Lopes Figueiredo, Márcia Maria Salgado Lopes Basso
Título Avaliação do desempenho e durabilidade de tintas sustentáveis utilizando lama vermelha
Resumo O Brasil possui uma das maiores reservas de bauxita do mundo, as quais somam 2,6 bilhões de toneladas e sua produção anual é superior a 37 milhões de toneladas. A bauxita é utilizada para a extração da alumina, principalmente, pelo processo Bayer, que posteriormente é utilizada na fabricação do alumínio metálico. Isso implica em uma grande preocupação com a lama vermelha, resíduo gerado neste setor industrial, pois, quando este é disposto em locais inadequados, pode provocar danos à saúde humana e ao meio ambiente. Diante disso, o reaproveitamento desse resíduo para a fabricação de novos produtos é uma alternativa que contribui com o desenvolvimento sustentável. Dentre os setores ligados à construção civil, o setor industrial de tintas, destaca-se na busca por soluções para reduzir os impactos ambientais, causados pelos produtos empregados na pintura imobiliária. Assim, o objetivo deste trabalho foi produzir e avaliar o desempenho e durabilidade de tintas sustentáveis e de baixo custo, utilizando lama vermelha. Para a produção das tintas, selecionou-se a lama vermelha em substituição aos pigmentos convencionais, a água (solvente) e a resina poliacetato de vinila – PVA (ligante). Inicialmente, submeteu-se o resíduo a um processo de desaglomeração, dispersão mecânica e peneiramento das partículas em meio aquoso, sequencialmente, realizou-se a caracterização física, química e morfológica do resíduo. Definiu-se um delineamento experimental de misturas ternário, variando-se as proporções do resíduo (25-35%), da água (55-70%) e da resina (10-15%). Em seguida, à luz da norma ABNT NBR 15079-1:2021, determinou-se o poder de cobertura da tinta seca e a resistência à abrasão úmida sem pasta abrasiva. Através da análise estatística dos resultados, verificou-se que a tinta de lama vermelha de melhor desempenho foi composta por 33% de resíduo, 55% de água e 12% de resina, resultando em uma resistência à abrasão de 126 ciclos e um poder de cobertura de 4 m²/l. Com isso, observou-se que a água influenciou negativamente na resistência à abrasão, pois, no delineamento, a melhor formulação apresentou a quantidade mínima de água considerada (55%). Nota-se ainda que o alto valor de resistência à abrasão deve-se, possivelmente, à composição química da lama vermelha, que é predominantemente óxido de alumínio e dióxido de silício, os quais possuem alta resistência ao desgaste. Além disso, quanto maior a proporção de resíduo, maior foi o poder de cobertura da película de tinta. Conclui-se que a tinta de lama vermelha atendeu, simultaneamente, às especificações de poder de cobertura (mínimo de 4m²/l) e resistência à abrasão (mínimo de 100 ciclos) prescritas pela ABNT NBR 15079-1:2021 para tintas látex da categoria econômica.
Palavras-chave tintas, lama vermelha, sustentabilidade
Forma de apresentação..... Painel
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