"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18232

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Karina Vitória Cipriana Martins
Orientador CERES MATTOS DELLA LUCIA
Outros membros HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO, Laura Célia de Oliveira Souza Vicente, Lívya Alves Oliveira, Michele Lilian da Fonseca Barnabe
Título Composição centesimal, investigação da qualidade proteica e segurança de uso agudo de farinha de Gryllus assimilis com potencial de utilização na alimentação humana
Resumo A produção de proteínas convencionais requer grandes quantidades de terra, energia e água, causando diversos impactos ambientais. Nesse contexto, os insetos comestíveis surgem como valiosas fontes alimentares e alternativas sustentáveis contra a superexploração dos recursos naturais. Contudo, ainda são escassos os estudos que avaliaram a qualidade proteica e a segurança biológica do uso agudo in vivo da farinha de insetos comestíveis. Portanto, o presente trabalho objetivou avaliar a farinha de Gryllus assimilis quanto a sua composição centesimal, perfil de aminoácidos, qualidade proteica e segurança biológica de uso agudo in vivo. Para avaliação da qualidade proteica, foram utilizados ratos Wistar, distribuídos em 5 grupos (n=8): Grupo A: controle caseína; Grupo B: farinha de inseto associada à farinha de soja (30% das recomendações diárias de proteína advindas da farinha de inseto e 70% da farinha de soja); Grupo C: farinha de inseto atendendo 100% das recomendações proteicas; Grupo D: farinha de soja atendendo 100% das recomendações proteicas; e Grupo E: aproteico. Para determinar a qualidade proteica calculou-se o Coeficiente de Eficiência Alimentar (CEA), Coeficiente de Eficiência Proteica (PER), Razão Proteica Líquida (NPR) e Digestibilidade Verdadeira (DV). Para avaliar a segurança biológica, utilizaram-se os mesmos animais, excluindo apenas o grupo aproteico, observando-os quanto à mortalidade, mudança no comportamento, pele, olhos e atividade motora. Ao fim do experimento, os animais foram eutanasiados por punção cardíaca. Os dados foram analisados pelo software SPSS, adotando-se como nível de significância um p <0,05. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa com Animais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) pelo processo nº 29/2021. A farinha de grilo apresentou elevado conteúdo de proteínas, (60,99%), seguido de lipídeos (20,33%), fibras (11,24%), cinzas (3,37%) e carboidratos (0,06%). O aminoácido indispensável mais deficiente na farinha foi a lisina, visto que apresentou um escore químico de 0,49. O consumo alimentar total foi maior no grupo C, quando comparado aos demais grupos, porém, o valor de CEA foi superior no grupo controle, assim como os valores de PER e NPR. Os grupos testes não apresentaram diferenças entre si para estes índices. Já a DV foi inferior nos grupos testes em relação ao grupo controle (98,70%), no entanto, o grupo D (96,34%) destacou-se entre eles. A respeito da segurança biológica, todos os grupos demonstraram queda de pelo, porém, esta ocorreu mais precocemente no grupo C e não foi observada nenhuma outra anormalidade nos animais. Diante disso, tem se que a farinha de grilo é uma boa fonte proteica, mas com uma qualidade inferior às proteínas da farinha de soja e caseína. Além disso, a vinculação da farinha de soja à farinha de inseto não implicou em melhorias significativas em sua qualidade proteica, mas pode ter impactado na segurança biológica, de acordo com os parâmetros observados.
Palavras-chave Entomofagia, Segurança Biológica, Digestibilidade proteica
Forma de apresentação..... Vídeo
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