Resumo |
A contribuição da nanotecnologia em diversas áreas como biológicas, da saúde e farmacêutica é notória. A tecnologia em torno dos nanomateriais é uma das áreas mais promissoras do cenário científico atual, devido às características físicas e químicas dos materiais que a compõem. Dentre os nanomateriais, dois estão ganhando destaque ultimamente, principalmente para aplicações na área da saúde, sendo eles, os pontos quânticos de polímeros conjugados, normalmente conhecidos como Pdots, e os pontos quânticos de carbono, os Cdots. Essas nanoestruturas orgânicas luminescentes estão emergindo como materiais multifuncionais que prometem um grande potencial para aplicações como agente de imagens, biossensores, materiais para dispositivos fotônicos e optoeletrônicos. Uma de suas vantagens é que suas propriedades podem ser facilmente ajustadas para aplicações desejadas por meio de modificações de suas superfícies e pela escolha de polímeros conjugados adequados, no caso dos Pdots, e da fonte de carbono, no caso dos Cdots, durante o processo de síntese. Além disso, sua fácil síntese, propriedades ajustáveis e menor toxicidade e maior biocompatibilidade em comparação com as nanopartículas inorgânicas existentes, tornam esses materiais altamente atraentes para aplicações biológicas e médicas. Dentro desse contexto, e visando futuras aplicações na área da saúde, neste trabalho foram produzidos pontos quânticos semicondutores a partir de diferentes materiais orgânicos. Os Pdots foram obtidos por meio da técnica de reprecipitação. Para essa síntese foram utilizados os polímeros conjugados PFD (Poly(9,9-di-n-dodecylfuorenyl-2, 7-diyl)), que emite predominantemente no azul, e o polímero conjugado MEH-PPV (Poly[2-methoxy-5-(2-ethylhexyloxy)-1,4-phenylenevinylene), que emite predominantemente no vermelho. Os resultados obtidos indicam que as nanoestruturas mantêm as características de emissão dos seus polímeros de origem. Já os Cdots foram obtidos por ataque com um ácido forte, no presente trabalho foi utilizado o ácido sulfúrico concentrado (H2SO4), em diferentes fontes de sacarose (C12H22O11) e frutose (C6H12O6). Todas as amostras obtidas foram caracterizadas por meio da técnica de fotoluminescência e sua eficiência quântica de emissão foi obtida fazendo-se uso de uma esfera integradora. As nanoestruturas obtidas emitem predominantemente no azul, e a variação de sua concentração resulta em sutis mudanças em sua intensidade de luminescência e, consequentemente, em sua eficiência quântica de emissão. Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa de IC concedida para a realização do projeto. |