Resumo |
Introdução: A cicatrização é um processo fisiológico no qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado com o objetivo de restabelecer a homeostase. Nesse sentido, o uso de plantas medicinais é considerado uma alternativa promissora no manejo de feridas, uma vez que estas possuem biomoléculas que podem estimular diferentes vias metabólicas e atuar em mais de uma etapa do processo de recuperação tecidual. Objetivo: Esse estudo visou realizar uma revisão de literatura com referências atualizadas sobre o uso de plantas medicinais no processo de cicatrização de feridas. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e US National Library of Medicine (PubMed). Para a pesquisa foram utilizados os seguintes descritores Medical Subject Headings (MeSH Database) na língua portuguesa e inglesa: Plantas medicinais (herbal medicine), fitoterapia (phytotherapy), cicatrização (wound healing). Resultados: À consulta nas bases de dados foram encontrados 52 artigos. Desses, 8 foram aceitos por estarem relacionados aos critérios de inclusão e 44 foram excluídos, pois enquadraram-se nos critérios de exclusão. Foram reunidos estudos sobre as seguintes plantas: Aloe vera L., Calendula officinalis, Casearia sylvestris e Curcuma longa. Todas estas atuam como cicatrizantes e reepitelizantes teciduais. Nesse aspecto, evidências indicam que compostos presentes na Aloe vera inibem a inflamação, estimulam e aceleram a cicatrização, além de apresentarem potencial de aliviar a dor de queimaduras. Já nos extratos produzidos a partir de flores de Calendula officinalis foram observados princípios ativos capazes de auxiliar no equilíbrio da resposta inflamatória e também estimular a migração e a proliferação de fibroblastos, acelerando, assim, o processo de re-epitelização da cicatriz. Nesse aspecto, outros estudos apontam que extratos obtidos a partir de Casearia sylvestris apresentam atividade significativa em queimaduras, sendo observada melhora da área lesionada, com neovascularização, proliferação de fibroblastos e reepitelização da ferida. No mais, evidências mostram que a Curcuma longa possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que contribuem para seu efeito benéfico em mais de uma fase da cicatrização e justificam seu potencial terapêutico no tratamento de feridas crônicas. Conclusão: Para mais, evidencia-se a necessidade de novas pesquisas sobre a temática, a fim de comprovar a ação destas plantas medicinais no processo de reparo tecidual. |