Resumo |
O melhoramento genético da soja (Glycine max L. Merr.), por meio da atuação de profissionais de diferentes áreas do conhecimento, tem contribuído com o aumento da produtividade e da produção total da cultura no Brasil. Neste contexto, é importante conhecer o comportamento de diferentes caracteres morfológicos quanto ao aspecto genético para direcionar os trabalhos de melhoramento. Objetivou-se estimar parâmetros genéticos de caracteres morfológicos avaliados em estádios iniciais da plântula de soja. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba, nas dependências do Laboratório de Bioestatística. Utilizou-se dez cultivares de soja (CZ26B77iPro, M7110 iPro, Desafio RR, 95R95, 96R10, CZ47B90, CZ37B22, M6410, M5917 e TMG2375). As sementes foram plantadas a 2 cm de profundidade em vaso contendo 3 dm3 de solo e, posterior à germinação, procedeu-se o desbaste das plantas mantendo uma por vaso (unidade experimental). O experimento foi instalado e conduzido no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições e a unidade experimental foi uma planta cultivada em um vaso. Foi avaliado o comprimento do epicótilo nos estádios de desenvolvimento V1, V2 e V3 e o comprimento da raqui da primeira folha trifoliolada nos estádios V2 e V3, utilizando-se régua milimetrada. Os dados obtidos foram tabulados e analisados, no Programa Genes, quanto ao teste de normalidade dos erros (Shapiro-Wilk), homogeneidade de variâncias (Bartlett) e pela ANOVA, a 5% de significância. Posteriormente, para os caracteres que apresentaram efeitos significativos, foram estimados os parâmetros genéticos coeficientes de determinação genotípico (H2, em %) e razão CVg/CVe. Todos os caracteres apresentaram normalidade dos erros e homogeneidade de variância. Na ANOVA somente os comprimentos de epicótilo avaliados em V1, V2 e V3 apresentaram efeito significativo, ou seja, o componente de variância do genótipo (cultivar) é diferente de zero. Os coeficientes de determinação genotípico foram iguais a 96,43%, 94,95% e 94,74%, respectivamente, para o comprimento do epicótilo avaliado em V1, V2 e V3. A razão CVg/CVe foram iguais a 2,6, 2,2 e 2,1, respectivamente, para o comprimento do epicótilo avaliado em V1, V2 e V3. Desta forma, conclui-se que a variação existente entre as cultivares quanto ao comprimento do epicótilo é predominantemente genética. |