Resumo |
O presente trabalho teve como objetivo analisar os estudos realizados na área de avaliação da aprendizagem, buscando compreender como as avaliações da aprendizagem podem se apresentar como estratégias de promoção da autonomia e da autorregulação pelos estudantes e propiciar aprendizagens mais significativas. Para fundamentar a pesquisa, apoiou-se em autores de referência no campo (FERNANDES, 2009; LUCKESI 2011; MORETTO, 2014; GATTI, 2014, SANTOS GUERRA, 2009 etc. Foi utilizada a abordagem qualitativa de pesquisa, descritiva e analítica. Inicialmente, partiu-se de uma revisão de literatura e, posteriormente, realizou-se um Estado do Conhecimento (SILVA; SOUZA; VASCONCELLOS, 2020), visando mapear e analisar a literatura que trabalha com a avaliação educacional e estudos que articulem o tema à autorregulação e autonomia. Por meio do mapeamento e dos filtros aplicados, trabalhou-se na pesquisa com 15 artigos que se encontram na base de dados da Scielo e 9 nos periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. Para o levantamento dos materiais foram utilizados os descritores de busca comuns a todas as plataformas: “Avaliação da Aprendizagem”; “Avaliação da aprendizagem e autonomia”; “Avaliação da aprendizagem e autorregulação” e “Os processos avaliativos em educação”, em um filtro de 10 anos de produção (2012-2022). Para maior refinamento dos resultados, foi desenvolvida a análise inicial do título e das palavras-chave dos artigos e leitura posterior do resumo, conforme normas desse tipo de estudo. Após a análise dos materiais, obteve-se os seguintes resultados: os diferentes autores consideram as avaliações fundamentais no processo de ensino e aprendizagem, podendo ser utilizadas como um diagnóstico e acompanhamento da aprendizagem dos estudantes; para que a avaliação cumpra o seu papel formativo e consiga desenvolver a autonomia e autorregulação da aprendizagem, pelos estudantes, é necessário que ela os tenha como foco; é indispensável que os professores propiciem, aos estudantes, espaços de exercício do protagonismos diante de suas próprias aprendizagens, em um ambiente de comunicação ativa, cooperativo e participativo, focado no processo e não exclusivamente no produto, a nota. Nesse contexto, o professor tem um papel primordial como mediador das aprendizagens. As avaliações possuem papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem, necessitando que seja realizada de forma objetiva, significativa, transparente e coerente com uma educação que vise a emancipação. Elas são fundamentais nas práticas educativas e apresentam potencialidades no desenvolvimento de sujeitos autônomos e com a aprendizagem autorregulada. Para tanto, é urgente retomar o convite feito por Luckesi (2011) da utilização das avaliações de forma amorosa, valendo-se de práticas significativas às aprendizagens, que contribuam com o desenvolvimento dos estudantes, visando a emancipação e a própria melhoria das práticas educativas dos educadores. |