"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18072

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Guilherme Pratissoli Pancieri
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros Damaris Rosa de Freitas, Juliana Magalhães Soares, Marcelo Coutinho Picanço Filho, Maria do Socorro Cavalcante de Souza Mota
Título Efeito dos elementos climáticos sobre a intensidade de ataque da traça-da-castanha do caju
Resumo O cajueiro (Anacardium occidentale) é uma fruteira tropical de grande importância devido as suas castanhas serem as mais consumida no mundo. A principal praga que ataca a castanha nos pomares de caju é a traça-da-castanha Anacampsis phytomiella (Lepidoptera: Gelechiidae) podendo causar perdas de até 80% na produção. O entendimento dos fatores que influenciam o ataque das pragas possibilita a determinação dos períodos críticos de ataque desses organismos e assim se planejar de forma adequada a sua amostragem e controle. Entre os principais fatores que afetam o ataque de pragas aos cultivos estão os elementos climáticos. Eles afetam a sobrevivência, desenvolvimento, crescimento, reprodução e comportamento dos insetos. Assim, o objetivo desse trabalho foi determinar o efeito de elementos climáticos sobre a intensidade do ataque da traça-da-castanha do caju. O trabalho foi conduzido em pomares de caju em Pacajus-CE durante três anos. Semanalmente foi avaliada a intensidade de ataque da praga. As variáveis climáticas foram coletadas em estações meteorológicas do INMET. As variáveis climáticas analisadas foram as temperaturas do ar (máxima, média e mínima), ponto de orvalho, radiação solar, pressão atmosférica, velocidade média dos ventos, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica. Os dados de intensidade de ataque da praga e das variáveis meteorológicas foram submetidos a análise de correlação de Pearson a p < 0,05. Foi observada a presença da traça-da-castanha entre meados de outubro até dezembro, período esse que compreende a frutificação das plantas de caju. Durante as avaliações as temperaturas máxima, mínima e média do ar, atingiram valores de 33,9°C, 26,8°C e 29,1°C, respectivamente. Os valores máximos atingidos pela umidade relativa do ar, ponto de orvalho, pressão atmosférica, velocidade dos ventos, radiação solar e precipitação pluviométrica foram de 72,8%; 22,3°C; 1013,1 hPa; 4,1 m/s; 1,8 Mj/m² e 7,0 mm/dia; respectivamente. O ponto de orvalho e a velocidade dos ventos se correlacionaram positivamente e negativamente com a porcentagem de castanhas atacadas pela praga, respectivamente. Quanto maior o ponto de orvalho menor será a ocorrência de orvalho de madrugada, que é o período de oviposição de A. phytomiella nas castanhas de caju. Assim, nas épocas de maior ponto de orvalho é menor a probabilidade de formação de orvalho sobre as castanhas de caju, o que deve facilitar a oviposição do inseto e a sobrevivência de seus ovos. Já os ventos têm efeito sobre a dispersão dos insetos. Ventos fortes podem limitar a localização das plantas pelos insetos herbívoros. Assim, a ocorrência de ventos fortes possivelmente dificultou as mariposas de A. phytomiella localizarem as plantas de caju. Em conclusão, em épocas com maior temperatura do ponto de orvalho e de ocorrência de ventos de menores intensidades há maiores riscos de ocorrerem maiores populações da traça-da-castanha nos pomares de caju.
Palavras-chave Flutuação populacional, Anacampsis phytomiella, Anacardium occidentale
Forma de apresentação..... Vídeo
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