"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18031

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Miguel Trancoso Medeiros
Orientador PEDRO BOND SCHWARTSBURD
Título Estudos sobre hibridização natural e poliploidia em espécimes de Blechnum (Blechnaceae) do Município de Viçosa, MG, Brasil
Resumo A hipótese inicial é de que há sete táxons de Blechnum para Viçosa, reconhecidos a partir de
sua morfologia, dois dos quais já estão localmente extintos. Dentre os sete táxons, dois foram
considerados híbridos (com base em morfologia intermediária e dados da literatura); e um
táxon foi considerado incógnito (híbrido, aneuplóide ou mutante). O objetivo deste trabalho
foi utilizar dados anatômicos e palinológicos como ferramentas complementares para ajudar a
decifrar a melhor identidade dos cinco táxons presentes na região. Sabe-se que o tamanho das
células guarda podem indicar a ploidia do táxon por comparação com outros aparentados. Se a
média de tamanho dos estômatos for maior o táxon tende a ser poliplóide, se for menor tende
a ser diploide. De forma parecida, a viabilidade dos esporos tende a ser maior em grupos
euploides e menor em grupos aneuploides. Foram analisados três espécimes de cada um dos
seguintes táxons: Blechnum occidentale, B. appendiculatum, B. ×confluens, B. aff. juergensii e
B. polypodioides. Mediu-se o tamanho das células-guarda dos estômatos (entre 10 e 15 por
espécime), e a taxa de viabilidade dos esporos baseado em análise qualitativa de morfologia
regular ou colapsada (potencialmente viável e abortivo, respectivamente). Blechnum
occidentale apresentou médias de 58, 70 e 79 µm das células-guarda, e 95%, 24% e 98% de
esporos abortivos; B. appendiculatum, 64, 65 e 66 µm, e 46%, 78%, e 7%; B. ×confluens, 52, 57,
e 58 µm, e 18%, 8% e 5%; B. aff. juergensii, 56, 58 e 59 µm, e 47%, 42% e 64%; B.
polypodioides, 62, 72, e 73 µm das células-guarda, e 21%, 43% e 85% de esporos abortivos.
Com base nos resultados acima, sugere-se que a concepção morfológica dos táxons (espécies
diploides, híbridos etc.) não seja tão simples, e o que se acredita que sejam espécies diploides
(Blechnum appendiculatum, B. occidentale, B. polypodioides) podem se tratar de complexos de
espécies, com híbridos e indivíduos aneuplóides escondidos. O que se acreditava ser um
híbrido (B. ×confluens) pode talvez ser uma espécie diplóide ou uma espécie de origem híbrida
que se tornou sexualmente viável, e que forma esporos viáveis em altas taxas. Blechnum aff.
juergensii, parece ser um táxon mais homogêneo do que as supostas espécies diplóides, por
causa de suas células guarda com tamanho médio próximo e seus esporos com viabilidade
média, também próxima, nos três indivíduos observados.
Palavras-chave Blechnum, Poliploidia, Hibridização
Forma de apresentação..... Vídeo
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