"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18020

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Italo Sardinha Pimenta
Orientador GLEISON AUGUSTO DOS SANTOS
Outros membros Alex Junior da Silva, Samara Aparecida Vieira
Título Efeitos morfofisiológicos de Etil metanosulfonato e 5-Azacitidina em Eucalyptus camaldulensis e Corymbia citriodora
Resumo O Brasil é líder mundial em melhoramento genético de Eucalyptus, e nos últimos anos têm se explorado diversas ferramentas de melhoramento e biotecnologia. Entretanto, modificações genéticas (mutagênese química) e epigenéticas de baixo custo não têm sido exploradas para ampliar a variabilidade fenotípica e plasticidade dos clones. O presente trabalho teve por objetivo verificar os efeitos morfofisiológicos do Etil metanosulfonato (EMS) e 5-Azacitidina (AzaC) em sementes de C. torelliana x C. variegata e em clones de E. camaldulensis. Sementes de Corymbia torelliana x Corymbia variegata foram tratadas com Etil Metanosulfonato em concentrações de 0 mM, 10 mM, 25 mM, 40 mM, 55 mM e 70 mM por 24h em shaker orbital a 70 rpm. Após a incubação, as sementes foram lavadas com 100 mM de Tiossulfato de sódio para remoção e inativação do EMS. As sementes foram germinadas em tubetes contendo substrato comercial e adubação de base (SFS + osmocote). Foram avaliados o percentual de germinação, altura média aos 70 dias após germinação, e também a perda da dominância apical (bifurcações). Para as modificações epigenéticas, minicepas clonais de E. camaldulensis foram tratadas 5 vezes com 5-Azacitidina a 100 mM e 3% de dimetilsulfóxido, em intervalos de 7 dias. Ao final dos tratamentos todas miniestacas brotadas foram coletadas, totalizando em duas coletas, em intervalos de 25 dias cada. Após coleta, miniestacas foram plantadas em tubetes e mantidas em casa de vegetação para enraizamento e posteriormente em casa de sombra para crescimento e aclimatação. Avaliou-se o percentual de enraizamento aos 15 e 30 dias, e modificações fenotípicas como crescimento de gemas axilares para cada coleta. O EMS teve efeito fitotóxico nas sementes tratadas, principalmente nas de maiores concentrações. Diferenças morfológicas como formato de folha e bifurcações foram observadas em relação ao controle. Sementes tratadas na concentração de 40mM apresentaram 76,47% (n=13) de indivíduos com perda de dominância apical e ativação de gemas axilares. Enquanto que a porcentagem de germinação decresceu de acordo com o aumento da concentração do EMS, sendo de 4,76% em concentração de 70mM. Miniestacas tratadas com 5-Azacitidina apresentaram enraizamento 90,91% em primeira coleta e 87,10% em segunda coleta, 30 dias após o estaqueamento em ambas. Morfologicamente, as mudas formadas sob AzaC apresentaram ativação de gemas axilares anormalmente (95,23% na primeira coleta e 83,87% na segunda), caracterizando perda de dominância apical completa na muda. O efeito do EMS na perda dos ápices caulinares em fase de plântula deve-se ao grande efeito mutagênico na substituição de bases GC para AT do DNA. Com aplicação de AzaC, a desmetilação do DNA pode promover a expressão de genes antes inativos, justificando a intensa atividade das gemas axilares. Estudos complementares serão feitos visando a seleção de materiais superiores.
Palavras-chave mutagênese, epigenética, biotecnologia florestal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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