"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18019

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Orgânica
Setor Departamento de Química
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Júlia Araújo Alhadas Miranda
Orientador MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER
Outros membros Antonio Eustáquio Carneiro Vidigal, LEILA LÉA YUAN VISCONTE, NATHALIA MATIAS ALBUINI OLIVEIRA, THIAGO CASTRO LOPES
Título Influência do negro de fumo na vulcanização da borracha natural com um acelerador experimental de zinco(II) com ditiocarbimato.
Resumo A borracha natural é um polímero de importância econômica. A borracha não vulcanizada é pouco resistente, não recupera sua forma quando submetida a uma grande deformação e, por isso, é necessário vulcanizá-la. No processo de vulcanização, para aumentar a velocidade de reação do enxofre com a borracha são adicionadas algumas substâncias permitindo a utilização de temperaturas mais brandas e reduzindo o tempo de cura. Complexos metálicos com ditiocarbimatos apresentam atividade aceleradora da vulcanização, porém ainda não são usados industrialmente. Neste trabalho foi sintetizado o complexo bis-(N-fenilsulfonilditiocarbimato)zincato(II) de benziltrifenilfosfônio (1) a partir da reação de 1 mmol de sulfato de zinco com 2 mmol de N-fenilsulfonilditiocarbimato de potássio em metanol/água (1:1), e 2 mmol de cloreto de benziltrifenilfosfônio. A temperatura de fusão e o espectro no infravermelho confirmaram a obtenção do sal complexo (1), por comparação com dados da literatura. A atividade vulcanizadora do complexo (1) foi estudada na ausência e na presença de negro de fumo a 20 phr (20g de negro de fumo por 100g de borracha natural), e comparada com os resultados obtidos com os aceleradores comerciais N-terc-butilbenzotiazol-2-sulfenamida (TBBS) e dietilditiocarbamato de zinco (ZDEC), nas mesmas condições experimentais. A partir das curvas reométricas foram obtidos os tempos ótimos de cura (t90) e as variações de torque (ΔM). O valor de t90 para o complexo (1) foi menor que os valores dos aceleradores comerciais, tanto na presença quanto ausência de negro de fumo. Com a adição do negro de fumo, o valor de t90 para o complexo (1) passou de 2,47 min para 2,18 min. Essa situação foi inversa para os aceleradores comerciais. Por exemplo, para o ZDEC t90 passou de 3,67 para 4,21 min. A variação de torque (ΔM) dá informações sobre a quantidade de ligações cruzadas formadas. Observou-se que o sal complexo (1) gerou um valor de ΔM (2,87 dN.m) ligeiramente menor que aquele obtido com os aceleradores comerciais ZDEC (3,90 dN.m) e TBBS (3,30 dN.m). Na vulcanização com o complexo (1) com a adição de negro de fumo, o valor de ΔM aumentou para 4,00 dN.m. Nas mesmas condições, o valor de ΔM aumentou para 3,53 dN.m com o TBBS, e 4,57 dN.m com o ZDEC. Observa-se que a adição do negro de fumo na composição da borracha natural ao ser vulcanizada melhora a quantidade de ligações cruzadas para todos os aceleradores testados. Porém há um aumento do tempo de cura para os aceleradores comerciais e uma redução do tempo para a vulcanização com o complexo (1). Conclui-se que o sal complexo de zinco (1) é um superacelerador, mais rápido que os aceleradores comerciais ZDEC e TBBS. A adição de negro de fumo a 20 phr melhora ainda mais o tempo de cura com esse novo acelerador e aumenta o valor de ΔM, o que indica um aumento na densidade de ligações cruzadas.
Palavras-chave borracha natural, vulcanização, acelerador
Forma de apresentação..... Painel
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