Resumo |
Introdução: Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) permitem a integração de dados relevantes, por meio da coleta, organização e disponibilização desses, de forma a gerar informações para gestores da rede pública de saúde. Objetivo: Descrever a construção do diagnóstico situacional de municípios participantes da rede de troca entre profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) quanto a importância do uso dos SIS, em municípios da Zona da Mata de Minas Gerais. Descrição das principais ações: A equipe de formação do RENOB-MG realizou uma oficina junto a representantes das cidades do Consorcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Viçosa (CIS-MIV) com o propósito de evidenciar a importância da participação dos profissionais de saúde na construção da rede de troca quanto a importância dos SIS para processos como a captação de recursos, além da obtenção da autorização para participação de profissionais. Após o aceite dos municípios, realizou-se o diagnóstico situacional de cada um quanto a prevalência de obesidade, segundo faixa etária através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) dos últimos 5 anos (2018 a 2022), adotando os pontos de corte da WHO (2006) para crianças de 2 a 5 anos, da WHO (2007) para crianças de 5 a 10 anos e para adolescentes, da WHO (2000) para adultos e de Lipschitz (1994) para idosos. Um grupo focal com os municípios está sendo elaborado, buscando compreender as fortalezas e limitações quanto ao uso dos SIS. Resultados até o momento: Foram convidados 10 municípios para participar da oficina. Estiveram neste momento 6 cidades, obtendo aprovação de 5, sendo eles Paula Cândido, Araponga, Tocantins, Canaã e São Miguel do Anta. O diagnóstico mostrou crescimento na prevalência de obesidade, com destaque para localidades específicas. O maior aumento da obesidade de 2 a 5 anos no período analisado foi em São Miguel do Anta, onde em 2018 era de 3% e 2022 de 7%. O município também se destaca para a faixa etária de 5 a 10 anos, apresentando 6% em 2018 e 12% em 2022 para obesidade e indo de 5% para 7% no mesmo período para obesidade grave. Entre os adolescentes e adultos, a o maior acréscimo da obesidade foi em Araponga, que em 2018 apresentava 5% em cada e em 2022 passou a apresentar 7% e 17% respectivamente. Para adultos, também houve acréscimo da obesidade grau II em Araponga, saindo de 5% e em 2018 para 6% em 2022. A obesidade grau III se manteve estável neste município nos anos avaliados, permanecendo em 3%. No grupo de idosos, o município São Miguel do Anta foi o que teve o maior aumento de excesso de peso, saindo de 45% em 2018 para 50% em 2022. Conclusões: O projeto está em curso, porém já apresenta ganhos na avaliação situacional, que apontou municípios com aumento da prevalência de obesidade e com a necessidade de maior preenchimento dos sistemas de informação em saúde a fim de, contribuir com melhores diagnósticos das ações em saúde. (Apoio: FAPEMIG, CNPq, PIBEX/UFV) |