Resumo |
Introdução: O ingresso no ensino superior permite um amplo desenvolvimento acadêmico e psicossocial ao estudante. Entretanto, é um período de transição e adaptação, repleto de incertezas relacionadas à busca pela identidade profissional e na construção de novas redes de apoio. Dessa forma, muitos universitários apresentam sintomas de ansiedade durante o curso, gerados a partir de inúmeros fatores, que pode ser descrita como apreensão, tensão ou inquietação pela antecipação do perigo, cuja fonte é amplamente desconhecida ou não reconhecida. Trata-se de um comportamento correlacionado com as doenças psicossomáticas, que desencadeiam muitas outras doenças com origem nos fatores emocionais. Objetivo: Avaliar a presença da ansiedade e seus sintomas associados em estudantes universitários. Material e métodos: Estudo transversal, realizado com estudantes universitários entre setembro e novembro de 2022, aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (parecer: 5.700.107). Os dados foram coletados de forma online, a partir do instrumento de caracterização sociodemográfica e psicossocial e da Depression, Anxiety and Stress Scale 21 (DASS 21). Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (versão 20.0), por meio da estatística descritiva. Resultados: Participaram do estudo 144 estudantes, a maioria do sexo feminino (68,8%), com média de idade de 22,7 anos (desvio padrão: 4,312), que autodeclararam-se brancos (63,2%), solteiros (95,8%) e que não eram atendidos por nenhum tipo de assistência estudantil (77,8%). Em relação à formação acadêmica, a maioria dos estudantes estavam no início da graduação, dado que 52,1% dos voluntários ainda não completaram o segundo ano, sendo 50,8% matriculados em cursos da área da saúde e ciências biológicas, 21,0% humanas, 17,5% exatas e 11,1% agrárias. Quanto à moradia, 50% dos participantes moravam em repúblicas e em sua grande maioria não exerciam nenhuma atividade remunerada (87,5%) e nem recebiam bolsas de estudo (72,9%),tendo como principal fonte de financiamento a renda familiar, predominantemente de dois salários mínimos (29,2%) entre os participantes. Em relação à condição psíquica, a análise da ansiedade por meio da DASS-21 apontou média de 14,56 (desvio padrão: 12,395) entre os voluntários, que corresponde a um nível moderado. Conclusão: Os resultados encontrados demonstram uma vulnerabilidade emocional dos estudantes em relação à ansiedade, no contexto da graduação universitária. |