"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17986

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Jhonathan Valente Ferreira Gusmão
Orientador BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR
Outros membros Alline Artigiani Lima Tribst, Ana Flávia Coelho Pacheco, Gabriela Aparecida Nalon, Paulo Henrique Costa Paiva
Título Aplicação do ultrassom para potencializar a ação da Neutrase® sobre as proteínas da semente de abóbora: Efeitos na atividade enzimática
Resumo A abóbora (Cucurbita moschata) é amplamente utilizada na indústria de alimentos para a produção de conservas, geleias, doces e outros. Entretanto, durante o beneficiamento, são descartadas grandes quantidades de cascas, sementes e folhas. As sementes de abóbora (SA) são ricas em lipídios, proteínas, vitaminas e minerais. As proteínas das sementes de abóbora (PSA) apresentam baixa solubilidade em água o que limita seu uso em formulações alimentícias. A fim de obter um hidrolisado protéico de SA com propriedades técnico-funcionais aprimoradas em comparação com a proteína nativa, diversas proteases podem ser usadas. A Neutrase® é uma protease comercial composta por uma mistura de peptidases com atividades exo e endopeptidase. A hidrólise enzimática (HE) oferece vantagens como especificidade de substrato e controle do processo. No entanto, o custo elevado das enzimas, longo tempo de reação e o baixo grau de hidrólise têm dificultado a aplicação desse processo em escala industrial. O ultrassom (US) vem sendo utilizado em conjunto com a HE para melhorar a eficiência do processo. O US pode modificar as estruturas das proteínas, tornando-as mais acessíveis à ação enzimática. Portanto, este estudo avaliou o impacto do US no pré-tratamento da Neutrase® e do concentrado proteico da semente de abóbora (CPSA) por meio da determinação da atividade relativa da enzima (AER). Para isso, o CPSA foi obtido por método de extração alcalina com precipitação isoelétrica. Inicialmente foi realizada a determinação da temperatura ótima da enzima usando 1% p/v da CPSA em solução tampão de fosfato de sódio (0,1 M, pH de 7,5) variando a temperatura de 25 a 70 °C, sendo 50 °C definido como temperatura ótima da enzima. Posteriormente, o processo ultrassônico foi realizado com uma potência volumétrica real de 38,0 W/L por um tempo de até 180 minutos nas temperaturas de 25, 40 e 50 °C. A atividade enzimática relativa após o processamento por US da enzima (AERE) ou do substrato (AERS) foi calculada considerando a atividade das amostras processadas por US em relação às não processadas. Verificou-se que o pré-tratamento da Neutrase® por US em todas as temperaturas avaliadas foi capaz de promover ativação enzimática, com um aumento de AERE de até 22,7% a 25°C/60min, 19,0% a 40°C/60min e 17,4% a 50°C/60min (p<0,05). Além disso, verificou-se um aumento na AERS independente da temperatura de pré-tratamento, sendo o aumento máximo de 22,0%, 19,2% e 21,8% após o pré-tratamento do CPSA nas temperaturas de 25 °C (após 180 min), 40 °C (após 60 min) e 50 °C (após 180 min), respectivamente (p<0,05). Esses efeitos são, provavelmente, consequências do colapso das bolhas de cavitação provocadas pelo US, que em condições específicas induziram mudanças conformacionais na estrutura da Neutrase® e das PSA favorecendo a catálise enzimática. Portanto, conclui-se que o US é uma estratégia interessante para potencializar a ação Neutrase® sobre CPSA, seja no pré-tratamento da enzima ou do substrato.
Palavras-chave Subproduto vegetal, hidrólise enzimática, Neutrase®
Forma de apresentação..... Vídeo
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