"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17977

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Departamento de História
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luciana Aparecida de Oliveira
Orientador ANGELO ADRIANO FARIA DE ASSIS
Título Patrimonialização da Fazenda Limeira do Município de Guaraciaba, MG
Resumo Este trabalho é resultado parcial da pesquisa de mestrado, que tem como objeto de estudo a Fazenda Limeira, no município de Guaraciaba, MG. Essa fazenda é considerada um patrimônio cultural do município e foi tombada por meio do decreto nº 132/2017, pelo seu valor representativo como bem arquitetônico do século XVIII e construída por escravos e também pela sua importância histórica, pois a mesma é considerada uma representante da história do município, por ser uma edificação datada de 1712. Assim, objetivou-se entender o porquê de um patrimônio cultural, considerado pelos órgãos públicos um representante da história e da memória de seu povo, estar se deteriorando, pois o tombamento a protegeu, mas não a preservou. Para levantamento dos dados, foi realizada pesquisa documental nos arquivos da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e Turismo; arquivos em livros paroquiais (nascimento, casamento e óbitos) impressos e digitalizados a partir de 1849; arquivos de cartórios de Guaraciaba, Ponte Nova e Porto Firme, bem como o acervo online do Arquivo Público Mineiro. Entre os documentos analisados, estão: regimento interno e atas de reunião do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Guaraciaba, Dossiê de Tombamento da Fazenda Limeira e Livro do ICMS do Patrimônio Cultural da cidade, arquivos de terras públicas do arquivo público mineiro. Como resultados parciais, temos que a Fazenda Limeira tem sua história entrelaçada com a história de Guaraciaba; que foi habitada por duas famílias desde o século XIX, de sobrenome “Oliveira Guedes” e “Conrado Celestino”, representados pelo casal Maximiano Conrado Celestino e Joana Maria da Cruz e o casal Antônio de Oliveira Guedes e Carlota Guedes. Presumimos serem os patriarcas destes casais os fundadores da fazenda. Além da história da fazenda e de seus moradores, identificamos que a fazenda Limeira possui dois tombamentos, um em 2014 e outro em 2017, que é o tombamento contido no Dossiê encaminhado ao IEPHA. Percebemos que o discurso em torno do tombamento da fazenda é unilateral, envolveu agentes do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural da cidade, e não há registro da participação da comunidade nem da família proprietária da mesma no processo. Assim, conclui-se que o patrimônio cultural da Fazenda Limeira enquanto uma representação exterior da memória dos Guaraciabenses, foi socialmente construída por agentes do poder, que selecionaram histórias relacionadas à criação do município e sua arquitetura, ao mesmo tempo em que promoveram, mesmo que indiretamente, o esquecimento da fazenda enquanto um lugar de memória e de construção do saber.
Palavras-chave Fazenda, Patrimônio Cultural, Memória
Forma de apresentação..... Vídeo
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