"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17923

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Samuel Fernandes de Souza
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Dandara Paula da Silva Guimarães, Evânderson Luis Capelête Evangelista, Geisianne de Carvalho Almeida, Raquel Júlia Cipriano dos Santos
Título Influência das propriedades da madeira e do carvão vegetal no processo de resfriamento de fornos
Resumo A etapa de resfriamento do leito de carvão vegetal é crítica, pois pode consumir mais de 70% do tempo total do ciclo e muitas vezes para acelerar esse processo adiciona-se água, ocasionando perda de qualidade do produto final. Sabe-se que as propriedades da madeira e do carvão vegetal exercem influência na dinâmica de resfriamento, mas existem poucos estudos que avaliam o efeito dessas variáveis. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência das propriedades da madeira e do carvão vegetal de clones de Eucalyptus (I 144 e VM04) e Corymbia (AEC 0043) no processo de resfriamento. Para a carbonização, realizada em mufla, foram utilizadas madeiras de 30 cm de comprimento em diferentes classes de diâmetro (9, 11 e 13 cm). O monitoramento da temperatura da carbonização e do resfriamento foi feito por meio de termopares dispostos longitudinalmente e radialmente na madeira. A madeira e o carvão vegetal do clone AEC 0043 tiveram os maiores tempos de carbonização e de resfriamento, resultando em um incremento médio de 14,52% no tempo total de ciclo com o aumento da classe de diâmetro. Em carvões vegetais mais porosos, a troca de calor tendeu a ser menor do que em carvões vegetais mais densos. Porém, maiores quantidades de massa por unidade de volume, no reator de carbonização, diminuíram a capacidade de dissipação da energia térmica. Independente do material genético ou do diâmetro, o resfriamento seguiu o mesmo comportamento de decaimento de temperatura em função do tempo, sendo explicado por um único modelo polinomial de segundo grau e obteve-se uma redução média de 89,5 ± 0,5% da energia térmica contida no carvão vegetal ao final da carbonização. Do início ao final do resfriamento, a diferença de temperatura no perfil radial diminuiu, em média, 3,5 vezes, indicando que a quantidade de calor no sentido radial foi 2,3 vezes menor do que no sentido longitudinal. As principais variáveis da madeira que afetaram as taxas de aquecimento e de resfriamento foram o teor de umidade, a densidade básica, a composição química estrutural, a relação cerne/alburno e a permeabilidade. Para o carvão vegetal, foram a porosidade e a densidade aparente. Assim, concluiu-se que os menores tempos de resfriamento ocorreram nas menores classes de diâmetro e para os clones de Eucalyptus. O resfriamento do carvão vegetal é um processo de troca térmica complexo que sofre grande influência das características da matéria-prima e também está intimamente condicionado ao controle do processo de carbonização e à manutenção adequada dos fornos, porém segue um padrão de redução de temperatura. Dessa forma, entender as variáveis que interferem nessa dinâmica cria insumos e uma robusta base de dados para o desenvolvimento de boas práticas, tecnologias e inovações capazes de otimizar o processo de resfriamento e de descarregamento do carvão vegetal.
Palavras-chave resfriamento, transferência de calor, porosidade.
Forma de apresentação..... Painel
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