"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17922

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor José Pedro Toledo Januário
Orientador ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Outros membros Emily de Souza Ferreira, Gabriel da Costa Souza Barros, Geralda Patricia de Almeida, Thainá Cristina Gonçalves de Aguiar
Título A relação da frequência cardíaca com medidas de tratamento não farmacológicas de pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial sistêmica no contexto da atenção primária em saúde
Resumo Introdução: a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), apresenta uma importante morbimortalidade associada e se fundamenta em uma disfunção de complexos mecanismos neuro-hormonais. Dentre esses mecanismos, destaca-se a frequência cardíaca (FC), por possuir papel essencial não apenas na homeostase cardiovascular, mas também na disfunção do miocárdio. Nas atuais diretrizes de controle da HAS, o controle da FC recebe destaque por sua importância na prevenção de insuficiência cardíaca e das demais comorbidades cardiovasculares associadas, juntamente com o controle da dieta e a prática do exercício físico, constituindo-se nas principais medidas de prevenção de agravos. Objetivo: analisar a relação entre a variabilidade da FC com medidas de tratamento não farmacológico de pessoas diagnosticadas com HAS. Metodologia: estudo transversal, realizado nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Viçosa-MG, que inclui 141 indivíduos diagnosticados previamente com HAS. A coleta de dados se deu por meio de um questionário semiestruturado contendo perguntas relacionadas a variáveis sociodemográficas, cuidados em saúde e parâmetros clínicos, como a pressão arterial sistólica e diastólica e a FC. A FC foi avaliada em repouso por aparelho oscilométrico devidamente calibrado. Todos os entrevistadores foram devidamente capacitados para a aplicação do questionário e realização das medidas nos participantes do estudo. Posteriormente, os resultados foram analisados estatisticamente por meio de análises de frequência e regressão linear múltipla. As análises foram realizadas no Software SPSS. Resultados: a média de idade dos pacientes foi 66,09 anos, sendo a maioria do sexo feminino (72,3%), com diagnóstico de HAS a mais de 10 anos (58,8%) e grau de instrução fundamental incompleto (56,6%). A média da FC foi de 74,73 bpm e se associou positivamente ao nível de instrução e ao consumo de sódio, uma vez que o aumento de nível de instrução em 1 ano de estudo, aumenta a FC em 4,80 bpm (p= 0,01), e o aumento de 1 mg do consumo de sódio aumenta a FC em 0,368 (p= 0,07). A associação da FC com idade ou histórico de tabagismo não foi estatisticamente relevante. Conclusão: evidencia-se por meio do presente estudo que o maior consumo de sódio se associa a uma maior FC de repouso, o que reforça a dieta como uma importante medida não farmacológica para pessoas com diagnóstico de HAS. Ademais, a relação positiva da FC com o nível de instrução pode se associar por um estilo de vida mais industrializado e consequentemente maior consumo de alimentos processados. Nesse sentido, a mudança no estilo de vida mostra-se um fator fundamental para o controle da HAS, o que coloca em destaque a relevância da atuação de equipe interdisciplinar no âmbito da APS. Neste contexto, reforça-se a necessidade de acompanhamento longitudinal, por profissionais qualificados, investindo em ações voltadas à educação em saúde, promovendo o autocuidado, com foco na melhoria da qualidade de vida.
Palavras-chave Hipertensão Arterial Sistêmica, Frequência Cardíaca, Atenção Primária em Saúde
Forma de apresentação..... Vídeo
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