ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Economia |
Setor | Departamento de Economia |
Bolsa | CNPq |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Breno Gabriel Costa Pereira |
Orientador | ANA CECILIA DE ALMEIDA |
Título | Choque de demanda sobre a produtividade agrícola brasileira: o caso do choque da China e os Estados brasileiros. |
Resumo | O presente trabalho tem como objetivo investigar o efeito do choque de demanda proveniente da entrada da China na OMC nos indicadores de produtividade agrícola no Brasil. Em particular, destaca-se o papel da China como um país que tem aumentado sua demanda por produtos agrícolas brasileiros, o que pode ser caracterizado como um choque de demanda externa. Isso tem gerado mudanças na balança comercial do Brasil e no setor agroexportador brasileiro. Somente entre 2002 e 2014 o total das exportações do setor do agronegócio para a China passou de US$ 1,14 bilhão para US$ 22 bilhões e, segundo assim, a demanda chinesa pode contribuir para o aumento da produtividade do setor, visto que para suprir uma demanda maior é necessário oferta maior, o que pode-se dar via aumento de tecnologia. A participação da China nas exportações brasileiras aumentou significativamente ao longo dos anos, impulsionando o setor agroindustrial e gerando impactos sobre os indicadores agrícolas. O presente trabalho utiliza como método a comparação entre os 26 Estados brasileiros em um período anterior à entrada da China na Organização Mundial do Comércio (1997) e um posterior (2017). Para verificar os efeitos, foi feita a diferença de exportação total para a China entre os anos de 1997 e 2017, e a partir disso, os estados foram separados em quartis, no qual o quartil 1 representa os estados que menos tiveram diferença de exportação, enquanto o quartil 4 representa os que tiveram mais. Este método foi utilizado para analisar os efeitos entre os estados mais e menos afetados pelo choque de demanda chinês. Os indicadores analisados foram: produtividade da soja, produtividade da cana, produtividade do café e número de tratores como proxy para tecnologia. Primeiramente, os resultados mostram que apenas os estados com variação intermediária-alta (quartil 3) na exportação de produtos agrícola para a China tiveram redução de produtividade café quando comparado 2017 com 1997. Todos os outros quartil tiveram aumento de produtividade de soja, cana e café quando comparado 2017 e a 1997. Ademais, os resultados mostram que ao comparar os estados com baixa variação na exportação (quartil 1) com os de alta variação (quartil 4) de exportação agrícola para China, verifica-se um aumento maior de produtividade de soja para os últimos, sendo essa variação quase duas vezes maior, em média, quando comparado aos estados menos afetados, o que está de acordo com o esperado. No entanto, para os outros indicadores, os resultados encontrados vão de encontro ao esperado ao comparar os estados com baixa variação na exportação (quartil 1) e aqueles com variação intermediária-alta (quartil 3). Ou seja, ao comparar esses estados, observa-se um aumento maior na variação da produtividade de cana e uma redução na produtividade de café nos estados do quartil 3 comparado aos estados do quartil 1. Em relação a diferença de tratores entre 1997 e 2017, observa-se que houve um aumento médio em todos. |
Palavras-chave | Comércio Brasil e China, produtividade agrícola, choque de demanda |
Forma de apresentação..... | Vídeo |
Link para apresentação | Vídeo |
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