Resumo |
Diversas áreas agrícolas do mundo apresentam solos ácidos (pH < 5,5). Tais solos apresentam elevadas concentrações do cátion alumínio (Al), um cátion extremamente toxico para as plantas quando presente em altas concentrações. O Al afeta o crescimento radicular comprometendo a absorção de água e nutrientes e, consequentemente, o desenvolvimento da planta, impactando negativamente na produtividade das lavouras. A tolerância ao Al em plantas acontece a partir de uma interação de diversos fatores, como processos metabólicos e fisiológicos, tais como produção de ácidos orgânicos para neutralizar o Al presente no solo, formação de raízes laterais e atividade de enzimas antioxidantes. O milho (Zea mays) é uma cultura de grande importância no cenário agrícola mundial, sendo cultivado em todo o globo. Não obstante, grande parte das propriedades produtoras de milho se encontram em regiões com solos ácidos, assim, o milho é constantemente submetido ao estresse por Al. Com efeito, a tolerância ao Al em milho é aparentemente controlada por diversos genes; entretanto, o gene MATE1 parece contribuir para a tolerância diferencial ao Al no milho. Por isso, resumidamente, selecionamos genótipos com tolerância diferencial ao Al devido a um aumento da expressão do gene de tolerância ZmMATE1 de milho (via retrocruzamento) ou SbMATE1 sorgo (via abordagem transgênica). O experimento será conduzido em solução nutritiva, usando 2 tratamentos: (i) Controle, apenas com solução nutritiva em pH 4,0 e (ii) solução nutritiva em pH 4,0 com contendo 39 µM de atividade de Al3+, ambas com aeração constante, em câmaras de crescimento. Pretende-se investigar como e em que extensão as alterações fisiológicas com ênfase no metabolismo central agem em resposta ao Al3+ e como tais respostas são impactadas em função da expressão diferencial do gene de tolerância ao Al (MATE1). Esperamos que as diferenças na expressão do gene MATE1 esteja associada à tolerância diferencial ao Al afetando o metabolismo central e a absorção de nutrientes. |