Resumo |
Introdução: O índice triglicerídeo – glicose (TyG) mensura a resistência à insulina (RI), a partir do produto da concentração de glicose plasmática em jejum e triglicerídeos, tendo como principais vantagens o baixo custo e a aplicabilidade na prática clínica. A RI, como componente de síndrome metabólica, está associada ao aumento do risco cardiometabólico e da morbimortalidade. Objetivos: Analisar a relação entre o índice triglicerídeo-glicose (TyG) com variáveis antropométricas, bioquímicas e comportamental em indivíduos com risco cardiometabólico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com 106 indivíduos (62 mulheres/ 44 homens) atendidos no Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular da UFV – PROCARDIO-UFV (ReBEC id: RBR-5n4y2g), entre 2012 e 2017. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos (Of. Ref. 066/2012/CEPH). Todos os participantes leram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). O peso, a altura e os perímetros da cintura e quadril foram aferidos mediante protocolo padronizado do programa e, a partir destes, foi calculado a relação cintura-quadril. Dados das concentrações séricas de ureia, glicemia em jejum, hemoglobina glicada e do consumo de óleo foram coletados mediante consulta ao prontuário. Para as análises estatísticas, o programa SPSS v.20 foi utilizado e o nível de significância de 5% foi adotado. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar se as variáveis apresentavam distribuição normal. O Teste de Correlação de Pearson e Spearman foram utilizados para as análises de correlação conforme a normalidade das variáveis. Resultados: O índice TyG apresentou correlação positiva com peso (r = 0,293; p = 0,002), perímetro da cintura (r = 0,185; p = 0,050), relação cintura-quadril (r = 0,337; p <0,0001), consumo de óleo mensal (r = 0,351; p = 0,016), ácido úrico (r = 0,239; p = 0,042), glicemia de jejum (r = 0,0949; p <0,0001) e hemoglobina glicada (r = 0,730; p <0,0001). Conclusão: Os resultados indicam uma relação do TyG com as variáveis antropométricas, bioquímicas e comportamental em população de risco cardiovascular, podendo ser considerados importantes elementos a serem observados na prática clínica e usados para melhoria da saúde e qualidade de vida do paciente. Apoio: CAPES (código 001) e CNPq. |